A Garota que torturava
Oi, antes de começarmos, eu queria avisar que eu perdi minha outra conta, portanto estarei postando a história aqui, novamente. Obrigado. Boa leitura
A senhora Hinata Yamazaki sempre se orgulha ao dizer que a sua filha é uma das mais lindas e inteligentes alunas da Nipon Mumei High School, um dos inúmeros colégios de ensino médio de Tóquio. E de fato era verdade. A jovem garota de 16 anos esbanjava beleza com seus longos cabelos negros que brilhavam e ressaltavam sua pele macia e branca como a luz do luar. Seus olhos castanhos refletiam a pureza de um olhar tímido, que era a maior característica da personalidade da Mayu. Suas notas... Indiscutivelmente impecáveis, cadernos limpos e bem organizados, e deveres sempre feitos com dias de antecedência.
As pessoas poderiam ficar horas discutindo sobre as inúmeras qualidades da jovem adolescente, mas infelizmente para ela nenhuma dessas características realmente lhe traziam felicidade. Por quê? Simplesmente porquê a pobre menina não tinha amigos. Desde o jardim de infância ela sempre foi a mais excluída entre seus colegas de turma. Mayu sempre se perguntava o motivo de tudo isso, mas ela nunca chegava a uma resposta plausível. Tudo o que ela conseguia das pessoas a sua volta eram alguns pensamentos maliciosos e pervertidos dos garotos, e alguns olhares invejosos das garotas. Mas é claro que sua falta de amigos era o resultado do medo de se socializar. Mayu tinha medo de falar com as pessoas, medo de ser rejeitada pela sociedade, medo de não ser boa o bastante para ter pessoas legais em sua vida. E como não tinha ninguém para sair ou conversar, Mayu passava seus dias em seu quarto estudando, lendo livros, escutando músicas, e as vezes, chorando.
"Mas como uma pessoa pode passar a vida toda sem ter contato com ninguém?" você deve estar se perguntando. A resposta é simples: não pode. Mayu não era completamente sozinha, ela tinha amigas... Ou melhor, amigas da onça. Eram três garotas da classe da Yamazaki: Haruka Nishizawa, Sakura Hashimoto e Akari Endo. Juntas, essas três faziam a vida da Mayu um verdadeiro inferno e elas eram o principal motivo pelas choradeiras da jovem. Os motivos delas não importavam, elas só queriam faze-la sofrer de qualquer maneira.
Com o som do seu despertador a torturando, Mayu acordou naquele novo dia. Era um dia ensolarado comum. Mayu, como todos os dias, não esperava que nada de novo acontecesse, apenas tinha a frequente esperança de que o hoje seria melhor do que o ontem.
Ela se sentou em sua cama e se espreguiçou logo após esfregar os olhos. Mayu se levantou de sua cama e olhou para a esquerda. Na parede do quarto, acima da cabeceira da cama estava uma espada katana, um presente dado a ela pelo seu falecido pai. Artefato que ela sempre lustrava e polia. Ela insistia em deixar aquela lâmina afiada sobre a cabeça dela durante a noite, mesmo sua mãe dizendo que poderia ser perigoso.
Mayu caminhou ainda sonolenta para o banheiro, lavou o rosto e escovou bem os dentes. Ela voltou para o quarto e pôs o seu uniforme escolar, uma tradicional roupa de marinheiro, camisa social branca com o brasão da escola no peito esquerdo, gola azul escura e uma saia xadrez com tons de azul escuro que ia até o joelho, e dentro da sapatilha preta, uma longa meia branca que cobria toda a sua perna.
Após pentear seus cabelos, Mayu foi para a cozinha onde sua mãe preparava o café da manhã. Ela puxou uma das cadeiras e se sentou.
-Bom dia mãe. - disse Mayu, acomodando-se.
-Bom dia filha. - disse a senhora Yamazaki sem tirar sua atenção das panelas que estavam no fogão.
Hinata se estica para pegar um dos pratos de porcelana que estavam na prateleira de um dos armários altos. Ela coloca sobre um prato uma torrada tostada com um cubo de manteiga por cima, junto com ovos e bacon, e é claro, não podia faltar o tradicional suquinho de laranja espremido na hora.
-Obrigada. - disse Mayu ao receber a comida feita por sua mãe.
Mayu faz o agradecimento de sempre e saboreia o café.
-Hoje tenho muito trabalho na firma... Acho que vou chegar tarde. - disse a senhora Yamazaki sentando na mesa junto com sua filha. - Você vai sair hoje?
-Não pretendo. - disse Mayu, sem tirar os olhos da comida.
Hinata ficou cabisbaixa com essa resposta mas logo se recompôs com um sorriso. Ela se sentia triste por sua filha não ter amigas, mas ela não deixava a Mayu notar isso.
-Aliás, não é hoje que eu tenho minha consulta com o psicólogo? - disse a jovem.
-Ah, é mesmo... Nossa, eu tinha até me esquecido. Bem, vou tentar estar aqui quando você chegar da escola. - disse Hinata, sorridente.
Mayu termina rapidamente de comer e se levanta.
-Obrigada pela comida. - disse ela.
Mayu foi até seu quarto, pegou sua bolsa e colocou no ombro direito. Ela abriu a porta da frente de sua casa e saiu. Sua mãe a seguiu para fechar a porta.
-Tchau mãe. - disse Mayu.
-Tchau filha... - disse Hinata.
Quando Mayu já estava um pouco longe de sua casa, Hinata novamente ficou cabisbaixa.
-Ah Mayu...
Mayu nunca pegava o trem de sua casa até a escola. Ela optava por andar porquê aquele era o único momento do dia em que ela fazia exercícios, fora fazer compras com sua mãe ou na aula de educação física.
Mayu sempre chegava na escola pontualmente às 8:15 e subia ao segundo andar do prédio direito da escola onde ficava sua sala de aula.
A escola que ela frequentava tinha dois prédios paralelos opostos idênticos de três andares cada, que os alunos e professores chamavam de "prédio direito" e "prédio esquerdo". Atrás dos prédios ficavam o campo de futebol, a pista de atletismo e outros equipamentos e pistas que serviam para as aulas físicas. Debaixo do prédio direito ficavam as piscinas e debaixo do esquerdo ficava o refeitório. O prédio direito servia para abrigar as turmas e o esquerdo era mais utilizado pelos funcionários da escola, mas ainda assim lá tinham algumas turmas.
Assim que Mayu passou pela porta de sua sala de aula, Haruka e suas amigas olharam para ela e sorriram com as mesmas más intenções de sempre.
A jovem se sentou em sua carteira, que era a primeira da terceira fileira a partir da porta, e pegou um livro de dentro de sua bolsa. Mayu costumava ler livros antes das aulas começarem.
Haruka, que estava com as outras duas no fundo da sala, fez um sinal com a cabeça e as duas a seguiram enquanto Haruka vinha na direção de Mayu
Essas três juntas adoravam gastar seu tempo atormentando a pobre garota.
Akari, que só fazia o que fazia porquê estava entediada o tempo todo, era uma garota de 1,60 de altura, cabelos ruivos bem avermelhados que iam até o pescoço, sardas abaixo dos olhos castanhos e uma pele tão clara quanto a da Mayu. Ela era uma garota que amava muito sua família e ironicamente respeitava seus amigos.
Sakura era a número 2 do trio. Quando pequena ela era atormentada por todos, por isso passou a andar com a Haruka para poder ter proteção, mas com o tempo ela quem passou a atormentar os outros. Ela era um pouco mais baixinha que a Akari, ela tinha longos cabelos loiros da qual sempre cuidou e se orgulhou. Tinha olhos azuis e pele clara.
Se tinha alguém naquela escola que conquistava corações, esse alguém era a Haruka, a "cabeça" do trio e líder da turma 2-1 da Nipon Mumei. Também conhecida por ser a garota mais rica da escola. Seu pai era dono de uma grande marca de doces muito conhecida pelo país, e sempre fazia os mimos da sua única filha. Haruka era a segunda garota mais bonita da turma, ficando atrás apenas da Mayu, mas ela era mais adorada pelos garotos por ser mais fácil de "se chegar". Ela tinha longos cabelos castanho-mel que eram da mesma cor que seus olhos. Ela era mais alta que as suas amigas e sempre se achava por, segundo ela, ter os seios mais fartos e a bunda mais durinha.
Elas se aproximaram da Mayu e ficaram, as três, de frente para ela. Mayu percebeu a presença delas, mas as ignorou imaginando que assim elas fossem embora.
-Bom dia Mayu. - disse Haruka, sorridente.
Yamazaki não responde.
-Ih, olha só Haruka, ela está dando um gelo na gente. - disse Sakura. - O que podemos fazer para mudar isso?
-Hummm... Falar não vai adiantar... Gritar no ouvido dela vai machucar minha garganta... Ah! Que tal isso...
Haruka põe a mão no livro e o arranca das mãos da Mayu.
-Ei! Devolve! - disse Mayu.
-Olha só, gente. Parece que de repente passamos a existir.
Haruka levantou o livro de modo que a Mayu não conseguisse pegar.
Mayu se esticava para tentar pegá-lo de volta mas era inútil pois ela era mais baixa que a Haruka.
-Ah Mayu, deixe disso! É só um livro! - disse Haruka. - Acorda para o mundo, tem filmes, músicas, jogos, tecnologia e você quer um livro? Que perda de tempo...
-Por favor Haruka, me devolve! É meu livro favorito! - disse Mayu.
-Ah é? Seu favorito? Que se dane! Sabe o que eu vou fazer? Vou rasgar esse livro folha por folha!
-Não por favor! Esse também era o livro preferido do meu pai! Ele deixou pra mim quando morreu!
-Nossa, seu pai devia te odiar muito pra te deixar uma porcaria de livro. Mas o que esperar? Gente pobre é assim mesmo.
-Então... Você vai me devolver?
-É claro que não! Eu já disse, vou acabar com essa merda! Considere isso uma punição por ter nos ignorado. Agora fica quietinha e assiste, como ontem quando jogamos terra no seu cabelo.
Haruka rasga uma das folhas.
-Ups, minha mão escorregou... -disse Haruka.
-Não! Pare!
Haruka arranca cinco folhas de uma só vez.
-Ai, como eu sou desastrada...
-Não!
Mayu avança sobre Haruka para tentar pegar o livro, mas Haruka dá um empurrão em Mayu, fazendo ela cair de bunda no chão.
-Sua vagabunda, não encoste essa sua mão suja na minha pele! - disse Haruka. - Lembre-se, você quem pediu por isso!
Haruka continua rasgando folha por folha, jogando as páginas em cima da Mayu, que derramou uma lágrima ao ver tal cena.
-Oh, acabaram as folhas... - disse Haruka. -Não chore Mayuzinha, seu livro teve uma morte rápida, além disso tem milhares de cópias dessa merda por aí.
-Ele não era só um livro... Era o livro do meu pai...
-Que triste. - ironizou Haruka.
-Por que você faz isso comigo...? Por quê todos os dias...? O que eu te fiz? Por quê você me odeia...?
-Ah, me poupe
As três voltaram para o fundo da sala onde se sentaram cada uma em seu lugar. Logo após a professora entrou na sala e se deparou com um monte de papéis jogados em volta da Mayu, que continuava caída no chão.
-Mas que bagunça é essa?! - a professora pega a capa do livro que estava no chão. - Mayu, isto é seu? Foi você quem fez essa bagunça?
Mayu olhou para a Haruka, que estava com um olhar que dizia "conte que fui eu e eu te mato". Mayu entendeu o recado.
-Sim professora, fui eu...
-Mayu, o que deu em você? É sempre tão comportada!
-Desculpe professora... - disse Mayu, cabisbaixa.
-Cate tudo e jogue no lixo.
-Sim senhora...
Mayu pegou todas as páginas do livro que estavam no chão e, com um aperto no coração, as jogou na lixeira. Depois disso ela se sentou em seu lugar.
Em seus pensamentos, Mayu disse:
"-Eu não deveria ter trazido esse livro pra escola... Me desculpe papai...”
A senhora Hinata Yamazaki sempre se orgulha ao dizer que a sua filha é uma das mais lindas e inteligentes alunas da Nipon Mumei High School, um dos inúmeros colégios de ensino médio de Tóquio. E de fato era verdade. A jovem garota de 16 anos esbanjava beleza com seus longos cabelos negros que brilhavam e ressaltavam sua pele macia e branca como a luz do luar. Seus olhos castanhos refletiam a pureza de um olhar tímido, que era a maior característica da personalidade da Mayu. Suas notas... Indiscutivelmente impecáveis, cadernos limpos e bem organizados, e deveres sempre feitos com dias de antecedência.
As pessoas poderiam ficar horas discutindo sobre as inúmeras qualidades da jovem adolescente, mas infelizmente para ela nenhuma dessas características realmente lhe traziam felicidade. Por quê? Simplesmente porquê a pobre menina não tinha amigos. Desde o jardim de infância ela sempre foi a mais excluída entre seus colegas de turma. Mayu sempre se perguntava o motivo de tudo isso, mas ela nunca chegava a uma resposta plausível. Tudo o que ela conseguia das pessoas a sua volta eram alguns pensamentos maliciosos e pervertidos dos garotos, e alguns olhares invejosos das garotas. Mas é claro que sua falta de amigos era o resultado do medo de se socializar. Mayu tinha medo de falar com as pessoas, medo de ser rejeitada pela sociedade, medo de não ser boa o bastante para ter pessoas legais em sua vida. E como não tinha ninguém para sair ou conversar, Mayu passava seus dias em seu quarto estudando, lendo livros, escutando músicas, e as vezes, chorando.
"Mas como uma pessoa pode passar a vida toda sem ter contato com ninguém?" você deve estar se perguntando. A resposta é simples: não pode. Mayu não era completamente sozinha, ela tinha amigas... Ou melhor, amigas da onça. Eram três garotas da classe da Yamazaki: Haruka Nishizawa, Sakura Hashimoto e Akari Endo. Juntas, essas três faziam a vida da Mayu um verdadeiro inferno e elas eram o principal motivo pelas choradeiras da jovem. Os motivos delas não importavam, elas só queriam faze-la sofrer de qualquer maneira.
Com o som do seu despertador a torturando, Mayu acordou naquele novo dia. Era um dia ensolarado comum. Mayu, como todos os dias, não esperava que nada de novo acontecesse, apenas tinha a frequente esperança de que o hoje seria melhor do que o ontem.
Ela se sentou em sua cama e se espreguiçou logo após esfregar os olhos. Mayu se levantou de sua cama e olhou para a esquerda. Na parede do quarto, acima da cabeceira da cama estava uma espada katana, um presente dado a ela pelo seu falecido pai. Artefato que ela sempre lustrava e polia. Ela insistia em deixar aquela lâmina afiada sobre a cabeça dela durante a noite, mesmo sua mãe dizendo que poderia ser perigoso.
Mayu caminhou ainda sonolenta para o banheiro, lavou o rosto e escovou bem os dentes. Ela voltou para o quarto e pôs o seu uniforme escolar, uma tradicional roupa de marinheiro, camisa social branca com o brasão da escola no peito esquerdo, gola azul escura e uma saia xadrez com tons de azul escuro que ia até o joelho, e dentro da sapatilha preta, uma longa meia branca que cobria toda a sua perna.
Após pentear seus cabelos, Mayu foi para a cozinha onde sua mãe preparava o café da manhã. Ela puxou uma das cadeiras e se sentou.
-Bom dia mãe. - disse Mayu, acomodando-se.
-Bom dia filha. - disse a senhora Yamazaki sem tirar sua atenção das panelas que estavam no fogão.
Hinata se estica para pegar um dos pratos de porcelana que estavam na prateleira de um dos armários altos. Ela coloca sobre um prato uma torrada tostada com um cubo de manteiga por cima, junto com ovos e bacon, e é claro, não podia faltar o tradicional suquinho de laranja espremido na hora.
-Obrigada. - disse Mayu ao receber a comida feita por sua mãe.
Mayu faz o agradecimento de sempre e saboreia o café.
-Hoje tenho muito trabalho na firma... Acho que vou chegar tarde. - disse a senhora Yamazaki sentando na mesa junto com sua filha. - Você vai sair hoje?
-Não pretendo. - disse Mayu, sem tirar os olhos da comida.
Hinata ficou cabisbaixa com essa resposta mas logo se recompôs com um sorriso. Ela se sentia triste por sua filha não ter amigas, mas ela não deixava a Mayu notar isso.
-Aliás, não é hoje que eu tenho minha consulta com o psicólogo? - disse a jovem.
-Ah, é mesmo... Nossa, eu tinha até me esquecido. Bem, vou tentar estar aqui quando você chegar da escola. - disse Hinata, sorridente.
Mayu termina rapidamente de comer e se levanta.
-Obrigada pela comida. - disse ela.
Mayu foi até seu quarto, pegou sua bolsa e colocou no ombro direito. Ela abriu a porta da frente de sua casa e saiu. Sua mãe a seguiu para fechar a porta.
-Tchau mãe. - disse Mayu.
-Tchau filha... - disse Hinata.
Quando Mayu já estava um pouco longe de sua casa, Hinata novamente ficou cabisbaixa.
-Ah Mayu...
Mayu nunca pegava o trem de sua casa até a escola. Ela optava por andar porquê aquele era o único momento do dia em que ela fazia exercícios, fora fazer compras com sua mãe ou na aula de educação física.
Mayu sempre chegava na escola pontualmente às 8:15 e subia ao segundo andar do prédio direito da escola onde ficava sua sala de aula.
A escola que ela frequentava tinha dois prédios paralelos opostos idênticos de três andares cada, que os alunos e professores chamavam de "prédio direito" e "prédio esquerdo". Atrás dos prédios ficavam o campo de futebol, a pista de atletismo e outros equipamentos e pistas que serviam para as aulas físicas. Debaixo do prédio direito ficavam as piscinas e debaixo do esquerdo ficava o refeitório. O prédio direito servia para abrigar as turmas e o esquerdo era mais utilizado pelos funcionários da escola, mas ainda assim lá tinham algumas turmas.
Assim que Mayu passou pela porta de sua sala de aula, Haruka e suas amigas olharam para ela e sorriram com as mesmas más intenções de sempre.
A jovem se sentou em sua carteira, que era a primeira da terceira fileira a partir da porta, e pegou um livro de dentro de sua bolsa. Mayu costumava ler livros antes das aulas começarem.
Haruka, que estava com as outras duas no fundo da sala, fez um sinal com a cabeça e as duas a seguiram enquanto Haruka vinha na direção de Mayu
Essas três juntas adoravam gastar seu tempo atormentando a pobre garota.
Akari, que só fazia o que fazia porquê estava entediada o tempo todo, era uma garota de 1,60 de altura, cabelos ruivos bem avermelhados que iam até o pescoço, sardas abaixo dos olhos castanhos e uma pele tão clara quanto a da Mayu. Ela era uma garota que amava muito sua família e ironicamente respeitava seus amigos.
Sakura era a número 2 do trio. Quando pequena ela era atormentada por todos, por isso passou a andar com a Haruka para poder ter proteção, mas com o tempo ela quem passou a atormentar os outros. Ela era um pouco mais baixinha que a Akari, ela tinha longos cabelos loiros da qual sempre cuidou e se orgulhou. Tinha olhos azuis e pele clara.
Se tinha alguém naquela escola que conquistava corações, esse alguém era a Haruka, a "cabeça" do trio e líder da turma 2-1 da Nipon Mumei. Também conhecida por ser a garota mais rica da escola. Seu pai era dono de uma grande marca de doces muito conhecida pelo país, e sempre fazia os mimos da sua única filha. Haruka era a segunda garota mais bonita da turma, ficando atrás apenas da Mayu, mas ela era mais adorada pelos garotos por ser mais fácil de "se chegar". Ela tinha longos cabelos castanho-mel que eram da mesma cor que seus olhos. Ela era mais alta que as suas amigas e sempre se achava por, segundo ela, ter os seios mais fartos e a bunda mais durinha.
Elas se aproximaram da Mayu e ficaram, as três, de frente para ela. Mayu percebeu a presença delas, mas as ignorou imaginando que assim elas fossem embora.
-Bom dia Mayu. - disse Haruka, sorridente.
Yamazaki não responde.
-Ih, olha só Haruka, ela está dando um gelo na gente. - disse Sakura. - O que podemos fazer para mudar isso?
-Hummm... Falar não vai adiantar... Gritar no ouvido dela vai machucar minha garganta... Ah! Que tal isso...
Haruka põe a mão no livro e o arranca das mãos da Mayu.
-Ei! Devolve! - disse Mayu.
-Olha só, gente. Parece que de repente passamos a existir.
Haruka levantou o livro de modo que a Mayu não conseguisse pegar.
Mayu se esticava para tentar pegá-lo de volta mas era inútil pois ela era mais baixa que a Haruka.
-Ah Mayu, deixe disso! É só um livro! - disse Haruka. - Acorda para o mundo, tem filmes, músicas, jogos, tecnologia e você quer um livro? Que perda de tempo...
-Por favor Haruka, me devolve! É meu livro favorito! - disse Mayu.
-Ah é? Seu favorito? Que se dane! Sabe o que eu vou fazer? Vou rasgar esse livro folha por folha!
-Não por favor! Esse também era o livro preferido do meu pai! Ele deixou pra mim quando morreu!
-Nossa, seu pai devia te odiar muito pra te deixar uma porcaria de livro. Mas o que esperar? Gente pobre é assim mesmo.
-Então... Você vai me devolver?
-É claro que não! Eu já disse, vou acabar com essa merda! Considere isso uma punição por ter nos ignorado. Agora fica quietinha e assiste, como ontem quando jogamos terra no seu cabelo.
Haruka rasga uma das folhas.
-Ups, minha mão escorregou... -disse Haruka.
-Não! Pare!
Haruka arranca cinco folhas de uma só vez.
-Ai, como eu sou desastrada...
-Não!
Mayu avança sobre Haruka para tentar pegar o livro, mas Haruka dá um empurrão em Mayu, fazendo ela cair de bunda no chão.
-Sua vagabunda, não encoste essa sua mão suja na minha pele! - disse Haruka. - Lembre-se, você quem pediu por isso!
Haruka continua rasgando folha por folha, jogando as páginas em cima da Mayu, que derramou uma lágrima ao ver tal cena.
-Oh, acabaram as folhas... - disse Haruka. -Não chore Mayuzinha, seu livro teve uma morte rápida, além disso tem milhares de cópias dessa merda por aí.
-Ele não era só um livro... Era o livro do meu pai...
-Que triste. - ironizou Haruka.
-Por que você faz isso comigo...? Por quê todos os dias...? O que eu te fiz? Por quê você me odeia...?
-Ah, me poupe
As três voltaram para o fundo da sala onde se sentaram cada uma em seu lugar. Logo após a professora entrou na sala e se deparou com um monte de papéis jogados em volta da Mayu, que continuava caída no chão.
-Mas que bagunça é essa?! - a professora pega a capa do livro que estava no chão. - Mayu, isto é seu? Foi você quem fez essa bagunça?
Mayu olhou para a Haruka, que estava com um olhar que dizia "conte que fui eu e eu te mato". Mayu entendeu o recado.
-Sim professora, fui eu...
-Mayu, o que deu em você? É sempre tão comportada!
-Desculpe professora... - disse Mayu, cabisbaixa.
-Cate tudo e jogue no lixo.
-Sim senhora...
Mayu pegou todas as páginas do livro que estavam no chão e, com um aperto no coração, as jogou na lixeira. Depois disso ela se sentou em seu lugar.
Em seus pensamentos, Mayu disse:
"-Eu não deveria ter trazido esse livro pra escola... Me desculpe papai...”
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