Rebeldia
Flor e Espinho
A vida acontece dentro do guarda-roupa
Presente
O que eu fiz pra ser amada?
Nó na garganta
Nó na garganta
Estava presa na garganta. Bebi água, respirei fundo, chupei uma bala. Não passou. A injustiça não se trata como um soluço.
Nunca me incomodou tanto as falsas promessas. Nunca odiei tanto o nosso idioma que dá palavras tão belas para bocas tão imundas. Palavras apenas, palavras pequenas. Pequenas para quem promete e não cumpre.
Cansei.
Coloquei meu pijama pois era preciso de muitas noites de sonhos para recuperar a fé.
Nunca fez tanto sentido ter o seu próprio tempo.
Deixei meu corpo descansar por um instante e reencontrar meus sonhos. As luzes ficaram acesas.
Acordei disposta porque a fé não costuma falhar.





© Talita Coelho,
книга «Retorno de Saturno».
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