Julian de Sousa
@juliandesousa
Poeta e contista nesse mundo de dó.
Вірші
Descrição do crepúsculo
cai o Sol nas funduras do seu leito morrem os meus olhos na poesia do seu rasto
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Eu passado
ele é hieróglifo pintura abstrata sob olhos distraídos poente que serve à noite o lume do seu sangue ele vagueia nas ruas de pedra da sua história
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Rincão
no recanto mais de encanto e mais distante do eu aparente lá que guardo a cada dia as memórias do ouvido e mente
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A necessidade humana
na imensidão borrada dos teus olhos todo o verde se engalana e toda a ira se apazigua no calor de um teu abraço
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Morte
eu quase caí de joelhos de horror ante à tua presença que espelho! este baile dos anos que passa impudente diante de mim e agora flor de agosto? a pétala perfumada secou caiu no frio chão desta alma que a cova macia aguarda embarcar
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Se eu pudesse poder
se pudesse eu diria tantas coisas mais às pessoas do passado às matizes das paisagens que já vi às tantas ruas que debalde percorri se pudesse eu não daria chance ao mundo, não eu valorizaria o suor mais que o sangue e o amor mais que este mundo imundo da cor da sua ferrugem social moral, econômica e doméstica se pudesse eu morreria bem no fundo no      fundo           do                meu                            mundo                     sob                     medida                    legado                   memória                 miséria                        bem no fundo                    só
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