A Garota que foi incriminada
Eram tempos de paz. A jovem Yamazaki se sentia cada vez mais leve. Por quê? Fazia mais de um mês que a Haruka tinha cessado suas hostilidades contra a jovem. A vida da Mayu estava uma completa calmaria e nem ela sabia explicar o motivo. Nesse meio tempo o seu amor por Hiroshi Fukushima se desvaneceu tão rápido quanto apareceu, e ela pôde ganhar a amizade da sempre sorridente Ayumi Saito. E ainda que elas tivessem se tornado amigas, as duas em momento nenhum se encontraram fora da escola desde que dormiram no mesmo quarto.
Era final de maio. A morte de Tadashi Maeda e o estupro de Mayu Yamazaki completavam um mês, e ninguém foi preso.
Yamazaki iria faltar às aulas da manhã daquela segunda-feira, pois faria check-ups de rotina com um médico amigo da família.
Hinata deixou sua filha na porta do hospital prometendo vir busca-la mais tarde. Mas em vez de voltar para casa, ela seguiu direto para a Nipon Mumei sem o conhecimento da Mayu. Hinata estava preocupada com a filha. A jovem melhorou? Sim! Seu sorriso aparecera com mais frequência? Claro! Mas algo na jovem preocupava sua mãe.
Dizem que intuição de mãe nunca falha, e a Hinata sentia algo em seu peito em relação a Mayu. Ela temia que a mudança da filha tivesse um lado negativo tanto quanto teve com o lado positivo. Seu instinto maternal apitava e ela não sabia o porquê.
A senhora de meia idade deixou seu veículo no estacionamento da escola e subiu até o terceiro piso do prédio esquerdo. Em frente à diretoria ela bate na porta e é autorizada a entrar.
-Em que posso ajudar? - disse o diretor, senhor Kojima, um homem de 50 anos de cabelos grisalhos, cujo rosto era repleto de rugas. Ele tinha cerca de 1,70m de altura e era muito magro. No rosto ele usava um par de óculos de lentes retangulares.
-Bom dia. - Hinata se curva - Sou Hinata Yamazaki, mãe de Mayu Yamazaki da turma 1 do segundo ano.
-Bom dia. Pode se sentar, senhora.
Hinata aceita o convite.
-Eu vim aqui para lhe entregar isto. - ela tira uma folha de papel de dentro da bolsa de couro marrom que ela carregava e entrega ao homem.
-Do que se trata? - ele ajeita os óculos para tentar ler.
-Há cerca de um mês a Mayu teve uma consulta com um psicólogo. Ele disse que a minha filha estava guardando uma mágoa dentro de si e estava se tornando uma pessoa cada vez mais fria. A Mayu, segundo ele, aparenta ter pequenos graus de socipatia e psicopatia e, caso ela sofresse algum trauma, esses graus poderiam se elevar. Como o senhor já deve saber, a minha filha foi estuprada, e isso com certeza foi um trauma para ela. Agora eu estou com medo. Desde que tudo aconteceu a Mayu mudou. Sim, em alguns aspectos ela está bem melhor, entretanto eu estou com medo dela continuar mudando ao ponto dela se tornar uma pessoa fria e insensível. Eu não quero que a minha filha se torne esse tipo de pessoa, então eu imploro que peça que alguém fique de olho nela e me avise se ela desenvolver algum comportamento estranho.
-Que tipo de comportamento estranho?
-Qualquer um!
-Muito bem. Pedirei para alguém vigiá-la.
-Eu agradeço. - ela se curva em agradecimento.
Hinata se levanta da cadeira.
-Obrigada por me ceder dois minutos do seu tempo.
A Sra Yamazaki caminhava em direção a saída quando foi chamada.
-A propósito...!
Ela se vira.
-Sim?
-Dentre as mudanças recentes da Mayu, por acaso há a aparição de algum comportamento agressivo?
-Não que eu me lembre... Espera! Teve uma vez no dia em que ela foi estuprada. Eu deixei a Mayu por um momento no quarto, e por algum motivo ela atacou a porta com a katana dela.
-Atacou?
-Sim, ela estava batendo na porta com a espada. A porta ficou toda marcada.
-Entendi. Obrigado.
A mãe preocupada se retira um pouco menos preocupada.
-Por quê estou sentindo que isso não vai acabar bem? - disse o diretor.
Tendo um mal pressentimento o velho chamou a lider da turma 2-1 para a diretoria.
-Senhorita Nishizawa.
-Sim senhor diretor? - Haruka se senta.
-Escute jovem, você tem uma relação de amizade com Mayu Yamazaki?
-Por quê pergunta?
-Agora pouco a mãe da garota trouxe uma ordem do psicólogo dela para ficarmos de olho e avisarmos se ela apresentar algum comportamento estranho.
-E o senhor quer que eu fique de olho nela?
-Se for possível.
-Hm. Acho que posso fazer isso.
-Eu agradeço.
-Mas que tipo de comportamento estranho o senhor quer que eu relate?
-Dentre todos, o mais importante é o agressivo!
-Senhor, eu conheço essa garota desde que me conheço por gente e eu nunca vi ela fazer nada desse tipo. Pelo contrário, ela é uma galinha assustada. Será que posso saber o motivo de tudo isso?
-Tudo bem, irei te dizer. O tal psicólogo disse que ela tinha traços de frieza e sociopatia. Por isso que quero que você fique de olho nela, pelo bem de todos.
-Sei. Ok, pode contar comigo. - Nishizawa se levanta, e ao deixa a diretoria ela esboçou um sorriso suspeito.
Algumas horas após deixar a filha no hospital, Hinata tornou a voltar lá para buscá-la.
Mayu adentra o carro e a senhora segue de volta para a Nipon Mumei.
-Como foram os exames? - a motorista tentou puxar assunto.
-Foram bem. O Dr Yoshida falou que eu aparento estar saudável. Ele me pediu para buscar os resultados do check-up dentro de poucos dias. - a menina respondeu.
A conversa não perdurou depois disso e as duas ficaram quietas até o final da viagem.
A filha se despede da mãe e adentra no perímetro da escola.
Quando Mayu chegou já era a hora do almoço. Ela se perguntava o porquê de não ter ido almoçar em casa primeiro.
Antes de ir para a sala de aula, Yamazaki se dirigiu até o jardim ao lado da escola para comer o seu bento. A jovem estava desamarrando o pano que envolvia a comida quando ouviu uma voz ecoando por entre as árvores do jardim:
-Mayu-chan!!!
Ayumi vinha correndo em direção à jovem.
-Como você se atreveu a me deixar a manhã toda sozinha com aqueles primatas?!
-Eu só fui ao médico. E você não deveria se referir aos nossos colegas dessa forma.
A ruiva se senta no banco ao lado da Mayu.
-Então, você está bem?
-Sim. Por quê?
-Nada. É que se você foi ao médico é por que tinha algo de errado, não?
-Ah, não. Só foi um check-up de rotina. Eu faço isso a cada seis meses.
-Ah... Que alivio! Eu nem sei o que seria de mim se você morresse.
-Isso foi muito específico e desnecessário. Não é pra tanto!
A conversa parou e a Ayumi começou a cantarolar uma canção estranha.
-Ei Mayu, eu estava tentando fazer receitas novas para o meu bento. Quer provar?
-Claro!
Ayumi pega um dos rolinhos com seu hashi(pauzinhos usados para refeições no Japão) e leva até a boca da Mayu.
-Esse é de frango frito com molho de mostarda e mel enrolado em macarrão temperado e bacon.
Yamazaki abocanha o rolinho e saboreia.
-Que bom! Está delicioso!
A ruiva trouxe o hashi para perto da boca e começou a lamber os palitinhos.
-Ei! Isso é um beijo indireto! - disse a Yamazaki.
-Ahn? Ah, mas eu gosto de lamber o molho! Não tenho culpa se a sua saliva veio junto!
Perto do refeitório, Sakura e Haruka estavam almoçando juntas. Haruka, após bolar um plano durante a aula, foi contar a sua idéia para Sakura. Akari tinha faltado às aulas por estar doente.
-Sakura! - disse Haruka.
-O que foi? - disse Sakura.
-Eu acabo de ter a melhor idéia pra me livrar da Yamazaki, e preciso da sua ajuda!
-Ah não! Nem pensar! Será que pra você o que aconteceu mês passado já não deu merda o suficiente?!
-Acabou dando errado porque eu cometi um erro. Deixei o Tadashi sair sabendo demais. Mas agora não tem erro!
-Haruka, deixa ela em paz! Já deu! Perdeu a graça! Por quê você insiste tanto nesse negócio de fazer ela sofrer?! Já somos quase adultas e devemos ter noção das consequências dos nossos atos! Pra quê continuar com isso?
-Por que no mês passado eu fiquei sabendo que, depois de tudo o que aconteceu, o Hiroshi ainda saiu com aquela vagabunda. Eu não sei se eles transaram mas conhecendo o Hiroshi eu não posso duvidar. Eu não sei se eles saíram mais alguma vez mas preciso dar um jeito nisso. Por isso vou dar um fim definitivo a esse assunto. Acredite, depois disso não vamos dar de cara com ela por um bom tempo, e nem o Hiroshi.
-Tá bom Haruka, fala. Vamos ver se a sua boca consegue expelir mais merda que o seu cu.
-Ei, olha o respeito heim. Vou deixar essa passar dessa vez porque preciso de você. É o seguinte: faremos ela ser presa!
-Nossa, agora sim sua boca soltou uma diarréia da braba.
-Estou falando sério! Olha, hoje mais cedo o diretor me pediu pra ficar de olho nela porquê ela apresenta problemas psicológicos. E eu vou me aproveitar bem dessa situação. Escute o meu plano...
Quando soube do que se tratava a estratégia da Haruka, Sakura franziu as sobrancelhas e cruzou os abraços mostrando sua completa desaprovação em relação ao plano.
-Mas nem fodendo! - disse a loira.
-Por favor Sakura!
-Não! Não vou fazer isso! Já é demais!
-Que droga... Eu pensei que você era minha amiga!
-Nem tente me fazer chantagem emocional por que eu sei que isso é só lábia!
-Pensei que você gostasse de mim...
-Pare... Eu... Você... Você sabe que eu te respeito... Sabe que eu sou grata pelo que você fez na nossa infância e eu sempre te considerei minha melhor amiga... Mas fazer isso...
Haruka pega na mão da amiga.
-Eu prometo que essa será a última coisa que você fará por mim.
Sakura faz Nishizawa a largar.
-Não! Eu já disse! Chantagem emocional não vai colar!
-Que porre... Então tudo bem, acho que todos aqui vão querer saber do seu segredo, não é?
-O-O que está tentando fazer...? - a loira começou a se assustar.
-O seu segredo Sakura... O que acha que todos aqui vão pensar de você quando souberem a verdade?
-Não...! Quando éramos crianças você disse que guardaria segredo! Você prometeu!
-Ah... Sabe quando você se levanta de manhã e te bate aquela vontade de quebrar uma promessa?
-Pare de brincadeiras, isso é sério...! Por favor não conte a ninguém! Tá bom, tá bom, eu faço... Mas por favor...
-É assim que eu gosto. Tudo bem, não direi a todos sobre os gostos estranhos que você tem, e em troca você vai fazer isso pra mim, certo?
-Sim...
-Como é?
-Sim senhora...
-Muito bem cadelinha despeitada. Quem sabe no futuro eu te pague um aplique de silicone para esses seus peitinhos de azeitona.
Sakura abaixa a cabeça e se sente humilhada. Realmente ela não se sentia bem quando falavam do seu corpo.
Era final de maio. A morte de Tadashi Maeda e o estupro de Mayu Yamazaki completavam um mês, e ninguém foi preso.
Yamazaki iria faltar às aulas da manhã daquela segunda-feira, pois faria check-ups de rotina com um médico amigo da família.
Hinata deixou sua filha na porta do hospital prometendo vir busca-la mais tarde. Mas em vez de voltar para casa, ela seguiu direto para a Nipon Mumei sem o conhecimento da Mayu. Hinata estava preocupada com a filha. A jovem melhorou? Sim! Seu sorriso aparecera com mais frequência? Claro! Mas algo na jovem preocupava sua mãe.
Dizem que intuição de mãe nunca falha, e a Hinata sentia algo em seu peito em relação a Mayu. Ela temia que a mudança da filha tivesse um lado negativo tanto quanto teve com o lado positivo. Seu instinto maternal apitava e ela não sabia o porquê.
A senhora de meia idade deixou seu veículo no estacionamento da escola e subiu até o terceiro piso do prédio esquerdo. Em frente à diretoria ela bate na porta e é autorizada a entrar.
-Em que posso ajudar? - disse o diretor, senhor Kojima, um homem de 50 anos de cabelos grisalhos, cujo rosto era repleto de rugas. Ele tinha cerca de 1,70m de altura e era muito magro. No rosto ele usava um par de óculos de lentes retangulares.
-Bom dia. - Hinata se curva - Sou Hinata Yamazaki, mãe de Mayu Yamazaki da turma 1 do segundo ano.
-Bom dia. Pode se sentar, senhora.
Hinata aceita o convite.
-Eu vim aqui para lhe entregar isto. - ela tira uma folha de papel de dentro da bolsa de couro marrom que ela carregava e entrega ao homem.
-Do que se trata? - ele ajeita os óculos para tentar ler.
-Há cerca de um mês a Mayu teve uma consulta com um psicólogo. Ele disse que a minha filha estava guardando uma mágoa dentro de si e estava se tornando uma pessoa cada vez mais fria. A Mayu, segundo ele, aparenta ter pequenos graus de socipatia e psicopatia e, caso ela sofresse algum trauma, esses graus poderiam se elevar. Como o senhor já deve saber, a minha filha foi estuprada, e isso com certeza foi um trauma para ela. Agora eu estou com medo. Desde que tudo aconteceu a Mayu mudou. Sim, em alguns aspectos ela está bem melhor, entretanto eu estou com medo dela continuar mudando ao ponto dela se tornar uma pessoa fria e insensível. Eu não quero que a minha filha se torne esse tipo de pessoa, então eu imploro que peça que alguém fique de olho nela e me avise se ela desenvolver algum comportamento estranho.
-Que tipo de comportamento estranho?
-Qualquer um!
-Muito bem. Pedirei para alguém vigiá-la.
-Eu agradeço. - ela se curva em agradecimento.
Hinata se levanta da cadeira.
-Obrigada por me ceder dois minutos do seu tempo.
A Sra Yamazaki caminhava em direção a saída quando foi chamada.
-A propósito...!
Ela se vira.
-Sim?
-Dentre as mudanças recentes da Mayu, por acaso há a aparição de algum comportamento agressivo?
-Não que eu me lembre... Espera! Teve uma vez no dia em que ela foi estuprada. Eu deixei a Mayu por um momento no quarto, e por algum motivo ela atacou a porta com a katana dela.
-Atacou?
-Sim, ela estava batendo na porta com a espada. A porta ficou toda marcada.
-Entendi. Obrigado.
A mãe preocupada se retira um pouco menos preocupada.
-Por quê estou sentindo que isso não vai acabar bem? - disse o diretor.
Tendo um mal pressentimento o velho chamou a lider da turma 2-1 para a diretoria.
-Senhorita Nishizawa.
-Sim senhor diretor? - Haruka se senta.
-Escute jovem, você tem uma relação de amizade com Mayu Yamazaki?
-Por quê pergunta?
-Agora pouco a mãe da garota trouxe uma ordem do psicólogo dela para ficarmos de olho e avisarmos se ela apresentar algum comportamento estranho.
-E o senhor quer que eu fique de olho nela?
-Se for possível.
-Hm. Acho que posso fazer isso.
-Eu agradeço.
-Mas que tipo de comportamento estranho o senhor quer que eu relate?
-Dentre todos, o mais importante é o agressivo!
-Senhor, eu conheço essa garota desde que me conheço por gente e eu nunca vi ela fazer nada desse tipo. Pelo contrário, ela é uma galinha assustada. Será que posso saber o motivo de tudo isso?
-Tudo bem, irei te dizer. O tal psicólogo disse que ela tinha traços de frieza e sociopatia. Por isso que quero que você fique de olho nela, pelo bem de todos.
-Sei. Ok, pode contar comigo. - Nishizawa se levanta, e ao deixa a diretoria ela esboçou um sorriso suspeito.
Algumas horas após deixar a filha no hospital, Hinata tornou a voltar lá para buscá-la.
Mayu adentra o carro e a senhora segue de volta para a Nipon Mumei.
-Como foram os exames? - a motorista tentou puxar assunto.
-Foram bem. O Dr Yoshida falou que eu aparento estar saudável. Ele me pediu para buscar os resultados do check-up dentro de poucos dias. - a menina respondeu.
A conversa não perdurou depois disso e as duas ficaram quietas até o final da viagem.
A filha se despede da mãe e adentra no perímetro da escola.
Quando Mayu chegou já era a hora do almoço. Ela se perguntava o porquê de não ter ido almoçar em casa primeiro.
Antes de ir para a sala de aula, Yamazaki se dirigiu até o jardim ao lado da escola para comer o seu bento. A jovem estava desamarrando o pano que envolvia a comida quando ouviu uma voz ecoando por entre as árvores do jardim:
-Mayu-chan!!!
Ayumi vinha correndo em direção à jovem.
-Como você se atreveu a me deixar a manhã toda sozinha com aqueles primatas?!
-Eu só fui ao médico. E você não deveria se referir aos nossos colegas dessa forma.
A ruiva se senta no banco ao lado da Mayu.
-Então, você está bem?
-Sim. Por quê?
-Nada. É que se você foi ao médico é por que tinha algo de errado, não?
-Ah, não. Só foi um check-up de rotina. Eu faço isso a cada seis meses.
-Ah... Que alivio! Eu nem sei o que seria de mim se você morresse.
-Isso foi muito específico e desnecessário. Não é pra tanto!
A conversa parou e a Ayumi começou a cantarolar uma canção estranha.
-Ei Mayu, eu estava tentando fazer receitas novas para o meu bento. Quer provar?
-Claro!
Ayumi pega um dos rolinhos com seu hashi(pauzinhos usados para refeições no Japão) e leva até a boca da Mayu.
-Esse é de frango frito com molho de mostarda e mel enrolado em macarrão temperado e bacon.
Yamazaki abocanha o rolinho e saboreia.
-Que bom! Está delicioso!
A ruiva trouxe o hashi para perto da boca e começou a lamber os palitinhos.
-Ei! Isso é um beijo indireto! - disse a Yamazaki.
-Ahn? Ah, mas eu gosto de lamber o molho! Não tenho culpa se a sua saliva veio junto!
Perto do refeitório, Sakura e Haruka estavam almoçando juntas. Haruka, após bolar um plano durante a aula, foi contar a sua idéia para Sakura. Akari tinha faltado às aulas por estar doente.
-Sakura! - disse Haruka.
-O que foi? - disse Sakura.
-Eu acabo de ter a melhor idéia pra me livrar da Yamazaki, e preciso da sua ajuda!
-Ah não! Nem pensar! Será que pra você o que aconteceu mês passado já não deu merda o suficiente?!
-Acabou dando errado porque eu cometi um erro. Deixei o Tadashi sair sabendo demais. Mas agora não tem erro!
-Haruka, deixa ela em paz! Já deu! Perdeu a graça! Por quê você insiste tanto nesse negócio de fazer ela sofrer?! Já somos quase adultas e devemos ter noção das consequências dos nossos atos! Pra quê continuar com isso?
-Por que no mês passado eu fiquei sabendo que, depois de tudo o que aconteceu, o Hiroshi ainda saiu com aquela vagabunda. Eu não sei se eles transaram mas conhecendo o Hiroshi eu não posso duvidar. Eu não sei se eles saíram mais alguma vez mas preciso dar um jeito nisso. Por isso vou dar um fim definitivo a esse assunto. Acredite, depois disso não vamos dar de cara com ela por um bom tempo, e nem o Hiroshi.
-Tá bom Haruka, fala. Vamos ver se a sua boca consegue expelir mais merda que o seu cu.
-Ei, olha o respeito heim. Vou deixar essa passar dessa vez porque preciso de você. É o seguinte: faremos ela ser presa!
-Nossa, agora sim sua boca soltou uma diarréia da braba.
-Estou falando sério! Olha, hoje mais cedo o diretor me pediu pra ficar de olho nela porquê ela apresenta problemas psicológicos. E eu vou me aproveitar bem dessa situação. Escute o meu plano...
Quando soube do que se tratava a estratégia da Haruka, Sakura franziu as sobrancelhas e cruzou os abraços mostrando sua completa desaprovação em relação ao plano.
-Mas nem fodendo! - disse a loira.
-Por favor Sakura!
-Não! Não vou fazer isso! Já é demais!
-Que droga... Eu pensei que você era minha amiga!
-Nem tente me fazer chantagem emocional por que eu sei que isso é só lábia!
-Pensei que você gostasse de mim...
-Pare... Eu... Você... Você sabe que eu te respeito... Sabe que eu sou grata pelo que você fez na nossa infância e eu sempre te considerei minha melhor amiga... Mas fazer isso...
Haruka pega na mão da amiga.
-Eu prometo que essa será a última coisa que você fará por mim.
Sakura faz Nishizawa a largar.
-Não! Eu já disse! Chantagem emocional não vai colar!
-Que porre... Então tudo bem, acho que todos aqui vão querer saber do seu segredo, não é?
-O-O que está tentando fazer...? - a loira começou a se assustar.
-O seu segredo Sakura... O que acha que todos aqui vão pensar de você quando souberem a verdade?
-Não...! Quando éramos crianças você disse que guardaria segredo! Você prometeu!
-Ah... Sabe quando você se levanta de manhã e te bate aquela vontade de quebrar uma promessa?
-Pare de brincadeiras, isso é sério...! Por favor não conte a ninguém! Tá bom, tá bom, eu faço... Mas por favor...
-É assim que eu gosto. Tudo bem, não direi a todos sobre os gostos estranhos que você tem, e em troca você vai fazer isso pra mim, certo?
-Sim...
-Como é?
-Sim senhora...
-Muito bem cadelinha despeitada. Quem sabe no futuro eu te pague um aplique de silicone para esses seus peitinhos de azeitona.
Sakura abaixa a cabeça e se sente humilhada. Realmente ela não se sentia bem quando falavam do seu corpo.
Коментарі