02 - Sophia
Eu não sabia o que realmente aconteceu, mas acordei de novo no lugar Branco, eu estava deitado com dores ainda, então sentei no que seria um gramado de jardim, mais a frente havia nuvens a nível do chão e pensei que eu estaria morto, acima de mim passou varias pessoas com asas, uma fumaça branca apareceu na minha frente e o velhinho apareceu dela
-Dessa vez eu to morto... -Eu disse para mim mesmo.
-Desculpa rapaz, te trazer aqui assim não foi muito legal de minha parte. -Disse ele puxando a bengala que estava preso as suas costas.
-Você fez aquilo?
Em uma fração de segundo eu apareci numa casa simples de madeira, parecia que estávamos muito acima das nuvens, onde não haveria como ver o céu azul, e sim o espaço.
-Vocês jovens são muito estranhos, não da pra ter noção oque vocês fazem com esses pedaços de plástico que vocês chamam de... celular, hoje em dia também vocês veneram a um artista do que seu Deus... -Eu me levantei do chão.
-Senhor - interrompi -Onde nós estamos?
-Jovem, aqui é o famoso Céu, uma dimensão que os humanos não vêem.
-Estou realmente morto? -Ele ficou em silêncio enquanto pegava um copo que estava na mesa atrás dele.
-Garoto, você é um Anjo.
-O que? -Eu por um segundo pensei que ele era um estuprador dos céus.
-Isso não é um elogio garoto, você é um anjo. -Ele se virou pra mim. -Sabe, asas e essas coisas que vocês acham que anjos tem...
-Anjo... E todos que morrem viram anjos?
-Não garoto, todos que morrem, vão pra um canto separado, você nasceu predestinado.
Eu estava assustado com isso, um Anjo? Como assim?
-Porquê disso agora? Eu devo ta delirando com a pancada na cabeça...
-Garoto, tudo é destino, tudo é interligado. Olhe, precisa cumprir sua profecia.
-E que profecia seria essa!?
Ele me olhou com uma cara sorridente, eu estava apagando, e ele disse "você vai descobrir moleque"
Do nada acordei no porão do vini, eu estava esmagado com o teto do porão, tudo tinha desmoronado, eu consegui empurrar os escombros que estava em cima de mim, mas sem sucesso. Eu estava desesperado, e gritei muito o nome do Vini, pensei que ele estava morto, eu estava cansado, eu fiquei alguns minutos quieto, e quase queria aceitar a minha morte, mas algo aconteceu e minha mão começou a formigar muito, ela estava aberta e machucada, mas quando fechei a palma da minha mão os escombros foram jogados para as paredes, grudaram como se fosse um imã saindo de cima de mim, eu fiquei aliviado e continuei deitado ali.
-Como merdas eu fiz isso? -Fiquei impressionado comigo de ter removido meia tonelada de tijolos e madeira de cima de mim com a força da mente, eu acho que ainda estou morto.
Depois de um tempo, eu sentei no chão, parecia que minhas costelas estavam quebradas e se recuperando disso muito rápido. Consegui me levantar e subir as escadas do porão bem devagar, eu não via o Vini, metade da casa ainda estava inteira e dava pra ver a cidade ao redor, e só nossa casa mesmo estava daquela maneira, andei por toda casa e não achei minha tia e nem minha mãe. Fui para a rua e não havia ninguém, apenas carros acidentados, vidros dos prédios quebrados, a unica coisa que eu podia ouvir era tiros muito longe dali.
Andei pela cidade gritando o nome da minha mãe e do meu amigo... como se resolvesse algo eu gritar. Eu olhava o meu relógio, meu celular, tudo tinha parado de funcionar, então continuei andando pra longe dali em busca de alguém.
Enquanto eu andava, eu começava a mover todos os objetos que estavam em meu caminho com a mente, era muito legal, mas ainda sim ruim! Meio que não tinha caído a ficha que eu estava morto, talvez eu tivesse parado em um inferno onde não tinha ninguém.
Eu apenas andava reto pela avenida, andei por horas e horas, eu não sabia o que fazer.
Um certo ponto do caminho, eu tinha visto um carro vermelho e todo barulhento vindo em minha direção, então entrei na frente dele e comecei a acenar com os braços para parar o motorista...
Agora, um jogo de perguntas e respostas:
Você pararia pra um estranho numa cidade como Nova York totalmente abandonada?
Bem, o motorista não tava nem aí, e acelerou em minha direção, então quando ele estava a um metro de mim, consegui parar o carro dele com a mente, e ele tentando acelerar mas o carro não ia pra frente e eu não fazia a menor força, então ele saiu do carro, o rapaz usava um capuz preto com óculos escuros e blusa de frio com calça cumprida.
-Eu não quero problemas cara, eu quero apenas aju... -Eu tentei falar.
Então ele sacou um bastão do carro, eu pensei que era um cabo de vassoura, então ele bateu com aquele bastão no veículo, e o carro se reduziu a pó e fumaça, e fui andando andando pra trás devagar e ele me seguia olhando ferozmente.
-Olha rapaz! Não foi nada simpático oque você fez com seu carro -Quando ele ia me acertar, olhei para um carro que estava ao meu lado esquerdo, então joguei contra o rapaz e o acertou em cheio, ele voou uns 5 metros com o carro e tudo. -Desculpa ae cara, não sei dirigir.
Ele estava esmagado pelo carro em cima dele, então ele empurrou o carro para o lado e se levantou como se nada tivesse acontecido, ele foi em minha direção com mais raiva e eu andava para trás com mais medo. Eu fiz 4 carros flutuarem em minha volta até quando fiquei encurralado por um ônibus atras de mim, o rapaz parou de andar e tirou o óculos.
-Max? -Fiz os 4 carros voar contra aquele cara e tudo virou fumaça e pó quando o tocou, e eu fiquei tremendo de medo.
-Como sabe meu nome!? -Ele andou em minha direção saindo do meio de toda aquela fumaça.
-Sou eu cara! -Ele tirou o capuz, e era o Vini. Nunca tinha ficado tão feliz na minha vida por ter visto alguém, eu corri pra abraçar ele mas ele colocou a mão na minha cara e pediu pra parar.
-É bom te ver Max. Agora sei porque sua mãe nunca te deixava sozinho com o carro.
-Vai se foder cara! Mas... cara, oque houve aqui? A gente ta morto?
-Eu realmente não sei o que aconteceu de fato, mas morto nós não estamos. -Ele pegou a mochila das costas dele e tirou um amuleto. -Quando acordei, eu estava em cima de um prédio, do nada eu derrubei ele comigo lá, não sofri nenhum arranhão, mas notei que fui eu, foi um acidente aquilo. Aí percebi que ganhei esses poderes. -Ele tirou o celular do bolso e me mostrou um vídeo. -A cidade ta cheio de caras do exercito, eu não sei como eles estão aqui ainda, e a gente também, eles devem estar prendendo pessoas não sei onde.
-Você não falou com eles?
-Não, nem tive coragem, quando acordei eu estava longe, então me disfarcei, arrumei o carro e fui pra casa pra ver se ainda tinha algum rastro seu...
-Precisamos falar com o pessoal do exercito então... Você viu a mamãe?
-Não... Esperava que você soubesse de algo... Me desculpe Max, estou preocupado com a minha também... -Ele desligou o celular. -Não creio que elas tenham morrido, se não haveria marcas de sangue, ou algo do tipo. -Começamos a andar enquanto ele falava. -Vi varias casas e não havia nada, o que é realmente estranho cara, nenhum sinal de absolutamente nada -Vini falou, mas sem reação de medo, oque era bastante estranho.
-Você não acha que tenha a ver com aliens e coisas do tipo? -Ele parou de andar e me encarou.
-Acho... mas precisamos descobrir mais. -Ele voltou a andar mais rápido e eu precisava correr pra acompanha-lo.
Combinamos de falar com os militares, e no caminho a gente conversava sobre como estava a cidade por onde ele passava, estava tudo vazio, as pessoas foram talvez abduzidas de alguma forma, eu achava aquilo esquisito e um absurdo, mas Vini não, era assim mesmo.
Finalmente achamos uma patrulha, nos aproximamos devagar no meio da rua, um deles nos viram e alertou aos outros. Os militares começaram a gritar "Quem é você" e "O que fazem aqui", eles se aproximaram da gente apontando suas armas e me deram uma coronhada com o fuzil deles, eu fiquei tonto e dei uma tropeçada para trás e cai, fiquei inconsciente, só vi que depois eles no colocaram no Jeep e nos levaram para um um lugar fora da cidade.
O lugar era como se fosse uma base improvisada na floresta, tinha um lago quase seco em volta dele com arvores morrendo e uma estrutura de tamanho médio. Assim que chegamos lá, os soldados no empurraram para fora do carro e nos levaram até o general que estava do lado de fora, ele era um cara velho com 2 cicatrizes de faca no rosto, o que é um visual muito original e na moda.
-Quem são eles!? -Disse o general com cara de mal....muito original também.
-Esses garotos eu achei na cidade, eles apareceram do nada pedindo ajuda senhor!
O general olhou pra gente com uma cara de desaprovação e eu querendo só sair dali. Enquanto isso notei que fora da base tinha várias maquinas, e uma bem peculiar, que cabe pessoas lá dentro como um elevador, mas tinha uma placa escrito "BETA".
-Prendam os garotos, por que eu acho que eles tem ligação com a garota da base 08. -Disse o general olhando pra gente.
-Sim senhor. -Disse o soldado, então o general se virou e começou a andar.
-A gente não tem nada a ver com isso senhor, não sabemos o que aconteceu. -Eu respondi, Vini sussurrava pra mim calar a boca. O general olhou pra trás, mas continuou a andar.
O soldado nos levou a uma gaiola, acho que não tinham uma cela melhor. Ficamos presos lá até a noite do lado de fora, perto da tal máquina BETA enquanto eu pensava na minha mãe, será que ela estava bem em algum lugar? E tudo me fazia lembrar a tal garota, Sophia... Quem será essa tal Sophia que aquela garota disse que ela devia morrer, oque será que ela fez? Eram milhares de perguntas, e tudo estava acontecendo depressa demais pra mim...
Enquanto eu pensava, Vini estudava a maquina á nossa frente e tinha descoberto em tese que maquina era aquela, como? Isso nao sei. Ele disse que era um teleportador, eu nunca tinha visto um desses, e pra mim isso ainda não era possível, e achei que o Vini estava lendo muita ficção cientifica demais. Ele disse que precisávamos fugir de lá com aquilo, então ele pegou o bastão dele, que apareceu do nada, eu perguntei pra ele quanto tempo que tinha acontecido isso tudo e onde ele guardava o bastão, ele disse que faz uma semana que tudo aconteceu, e que estava procurando uma maneira de voltar pra casa, ele não respondeu sobre o bastão.
Vini tinha destrancado a fechadura eletrônica com o bastão de alguma maneira apenas o tocando, quando a porta abriu, saímos devagar da cela, mas quando estávamos abrindo a porta da maquina BETA, eles nos viram e atiraram sem o minimo remorso, as balas quase nos acertaram, eu coloquei a mão na frente por reflexo e as balas pararam no ar, e eu achando que já sabia demais por um dia, então fechei as mãos e joguei as balas muito forte neles como se eles mesmos tivessem atirado um nos outros, então entramos na tal máquina, ela era cilíndrica cheia de motores e circuítos, quando Vini ligou, a a porta se fechou com nós lá dentro. Mais reforços do exercito chegaram, nossos sentidos do nada se bagunçaram e sentimos como se todos os nossos órgãos internos estivessem sido retorcidos pela luz que ficava girando em torno da gente naquela máquina e tudo lá fora sumiu.
A maquina parou e abriu a porta, a gente caiu no chão de tanta tontura, eu olhei pra cima com uma culpa maldita dentro de mim por ter ricocheteado as balas e matado o pessoal do exercito.
Quando consegui ficar de pé, percebi que estávamos em um lugar completamente diferente, comecei a vomitar o que nem eu tinha comido, Vini se levantou tropeçando e se encostou na parede.
-Max, ta legal? -Vini disse e eu tentando ficar de pé, parecíamos que bebemos muito naquela hora.
-Vamos esperar passar essa brisa cara... -Eu também encostei na parede.
Depois de 5 minutos, estávamos quase OK, depois vi os detalhes onde estávamos, e parecia um galpão, dava pra notar o centro do telhado que era de vidro, e vimos que estava nevando, mas eu não senti frio algum lá dentro. Começamos a andar, o galpão tinha muitas máquinas e armas, Vini disse para mim abaixar, no centro do lugar tinha uma capsula retangular, pensei que era uma mesa de inicio, mas dava pra ver gelo lá dentro, tinha 8 cientistas com jalecos brancos em volta, a tal capsula estava brilhando muito com tantas lampadas fortes apontadas para ela.
-Vini, o que a gente faz? -Sussurrei.
-Precisamos apagar eles pra sair daqui.
Ele se aproximou devagar e eu o segui, os cientistas estavam falando japonês ou algo do tipo, não sei, por descuido, um passo meu foi ouvido e eles notaram que eu estava ali, todos sacaram uma arma elétrica, então Vini correu na direção deles começou a bater nos cientistas com o bastão, eu não sabia o que fazer, quando um se aproximou de mim, a água que tinha alí no chão subiu na minha mão e formou uma espada de gelo, e eu na tentativa de me defender atravessei a espada no rapaz... Foi a primeira vez que eu tinha matado alguém, eu fiquei em choque e andei pra trás olhando pra aquele cara caindo no chão morto por mim, outro cientista ia me atacar e meu amigo o derrubou no chão com brutalidade.
-Cara, acorda, precisamos sobreviver, ele iriam nos matar. -Ele colocou a mão no meu ombro e disse. -Daqui pra frente terá muitos mortos...
Eu ainda não estava muito convencido, Vini tinha derrubado todos, e pela força bruta que todos eles foram ao chão, devem ter morrido.
-Você já matou alguém? -Minha espada de gelo virou água.
-Nunca Max, mas sempre tem a primeira vez. -Ele desviou a atenção para o retângulo com gelo dentro, então ele foi até lá, eu o acompanhei e começamos a ver o que tinha dentro.
Era mesmo uma câmara de gelo e parecia que havia alguém dentro, congelada a anos, mas apenas a sua sombra era visivel. Tentamos quebrar o gelo, derreter, usar a força bruta do bastão do Vini e nada, então vimos que ao lado da câmara havia um cristal verde, parecia que tinha fumaça rodando lá dentro.
-O que é isso? -Falei olhando a pedra de perto.
-Sei não, não deve ser importante... acho que devemos desistir de quebrar isso, isso não pode ser gelo normal.
-Certeza?
-Sim, e não tem como descongelar e reviver alguém de criogenia nenhuma, então vamos dar um jeito de dar o fora daqui. -Disse Vini.
Eu concordei, mas eu não queria levar aquela pedra, poderia ser da própria pessoa congelada ali, então deixei a pedra em cima do gelo e andei pra trás, quando eu ia me virar, vi que onde a pedra estava, começou a descer até a pessoa, aquilo conseguia derreter o gelo mais que o próprio fogo. Do nada, a pedra parou de descer, e todo o bloco derreteu e virou água em um milésimo de segundo, tirei a pessoa de dentro da capsula cheia de água, Vini só notou o que aconteceu depois que gritei o nome dele.
Vimos que era uma garota loira de cabelo longo, ela era uma adolescente assim como a gente, realmente ela era muito linda, coloquei ela em cima de uma mesa, Vini correu pra ver se ela tinha pulsação, ele chegou a conclusão que ela tinha morrido, mas a mão dela se moveu para seu pescoço, o cristal estava lá, então ela abriu os seus olhos azuis e virou a cabeça, e conseguiu soltar uma frase.
-Quem são vocês? -Ela disse, sua voz era bonita, parecia bem doce. Eu e Vini nos entreolhamos.
-Sou o Tiko e ele o Teko. -Vini respondeu, eu quase ri.
-Desculpa, meu nome é Max e esse é o Vini. -Ela nos estranhou com o olhar, ela estava bastante surpresa com aquilo tudo.
Ela tentou se levantar mas quase caiu da mesa, eu e Vini a seguramos, então demos uma ajuda pra ela ficar ao menos sentada, mas ela insistia em sair da mesa. Quando ela conseguiu ficar de pé, ela olhou para suas roupas, e também fui reparar só nesse momento que ela estava com roupa de paciente de hospital. Ela pegou na pedra no pescoço, que parecia que estava colada por que não caía, e duas asas surgiram em suas costas, asas transparentes de borboletas, comecei a achar que tava com demência ou dormindo por ver a Barbie dos filmes de fadinha.
-Mas que po... -Disse Vini. -Você se chama barbie? -Parece que Vini pensava o mesmo que eu.
-O que? -Ela perguntou.
Ela olhava pra janela no teto do galpão, comecei a pensar o que ela estava olhando ali, se ela era doida o suficiente pra sair por aí com essas asas ao invés de usar as portas, mas notei que o galpão não tinha porta nenhuma, o que era muito estranho.
Ela pegou na minha mão e do Vini olhando pra cima, enquanto eu olhava pro Vini e mexia a cabeça pra falar não, suas asas bateram mais rápido que um helicóptero, ela arrancou pra cima e quebrou o vidro do centro do galpão, então ela nos deixou em cima dele, aí notamos que o galpão era subterrâneo, abaixo de muita neve.
Alguns soldados vieram do nada atirando na gente, Vini e eu abaixamos e a tal garota materializou um arco na sua mão e atirou nos soldados em volta com flechas magicas, quando os acertava, elas explodiam, a flechas apareciam sozinhos no arco dela, a gente achava irado e também achávamos que definitivamente não era a Barbie ali, quando todos foram mortos pelas flechas dela, as suas asas sumiram junto com seu arco, então ela olhou para o sol e foi para a beira do penhasco que havia ali á frente, ela olhava o sol nascente com profundidade.
-Quem é você? -Perguntei a ela enquanto eu me aproximava.
-Meu nome é Sophia -Então ela deu um leve sorriso.
Sophia era uma garota bonita, mas ainda me dava medo. Estávamos acampados no galpão, lá tinha comida e água, Vini e eu estávamos famintos e devorávamos tudo, Sophia apenas estava sentada no chão nos observando, parece que mesmo depois da criogenia ela não tinha fome. Eu parei de comer preocupado e fui falar com ela.
-Você se chama Sophia?
-Uhum -acenou com a cabeça.
-De onde você é?
-Eu não consigo me lembrar. -Ela tirou a pedra do seu pescoço e começou verificar.
-Como tem essas asas? -Ela fechou a mão com o cristal e olhou pra mim preocupada.
-Também não lembro, eu queria lembrar onde estou. -Ela colocou a mão na cabeça. -Nada ta fazendo sentido, minha cabeça dói.
-Não faz sentido nós com poderes enquanto todos do mundo sumiram, e ainda tem uma maquina de teletransporte e um exercito perseguindo dois adolescentes...
Ah... -Ela olhou para o chão e deu um leve sorriso.
-Nós também estamos com dor de cabeça... nós queríamos voltar pra nossa casa, mas se a gente tentar agora, ele vão nos pegar...
-Ok... -Ela se levantou e eu também. -Eu sei que é impossível, mas preciso que façam eu me lembrar quem sou, por que só lembro de como usar esses poderes e essa linguagem.
-Você deve ser de Nova York também, já que sabe nossa língua. -Disse Vini devorando uma coxa de frango.
Tive uma vaga idéia que tinha passado na minha cabeça e disse a ela:
-A gente vai ajudar você, mas queremos a sua ajuda, nós temos poderes também, então poderia nos ensinar a usar melhor eles? -Disse eu, ela pensou um pouco e respondeu.
-Eu posso tentar, mas não tenho certeza que vou conseguir explicar, esse é nosso trato, OK? -Disse ela fazendo uma cara engraçada. -Vini fazia mao com o dedo pra mim.
-Ok. -Eu respondi, mas Vini não.
Nós dormimos no galpão, não havia nenhum sinal de qualquer soldados aos arredores. No dia seguinte, fomos em um lugar perto do galpão, havia um lago congelado lá, Sophia e eu fomos até o lugar, enquanto Vinil....opa, Vini copiava todos os arquivos dos militares nos computadores do galpão.
Sophia estava tentando me explicar como os poderes fluíam pelo seu corpo e saíam pelas mãos.
-Max, acho que todos que tem algum tipo de poder, tem uma base elemental, pode ser ar, terra, fogo e água.
-Você parece uma professora de quinta série -Ela riu e continuou a explicação.
-A minha base elementar é o fogo, posso criar e controlar o fogo, posso fluir, criar e destruir coisas também. Enquanto ela explicava, ela tirava fogo das mãos e brincava com ele - Agora vou descobrir sua base elementar.
-Como?
Quando terminei de perguntar, ela cuspiu fogo na minha direção para fazer churrasquinho de mim, então por reflexo fiz o gelo do lago virar água e joguei pra cima da bola de fogo, assim o apagou, mas molhou a Sophia, ela deu risadas.
-Você é um peixe fora d'água, se concentre o máximo e use toda sua força pra me atacar.
Eu fiz uma cara de "está falando sério?"
- E se eu te ferir?
- Você não vai, agora ataca. -Encarei como uma ofensa e desafio.
Fiquei 5 segundos parados me concentrando em água, senti a água passando pelo meu corpo, mas não me molhava, então eu usei toda minha força que sentia da água contra ela, e o lago se desfez por inteiro e criou um redemoinho gigante no ar, é como se então joguei com tudo em cima de Sophia, e quando ia acertar ela, ela pulou na minha direção, cortou a agua no meio, passou dentro do redemoinho e me jogou muitas bolas de fogo, e eu defendia de todas atacando com jatos de água tão forte que as arvores do fundo se dilaceraram, e quando ela estava perto para me bater, me esquivei, de repente a espada de gelo surgiu na minha mão e comecei a atacar ela, eu atacava ela como se eu já soubesse fazer isso, então ela pulou para o alto, muito alto e sacou seu arco e jogou uma das suas flechas explosivas em mim, ela explodiu antes de me atingir, eu cortei a explosão no meio, eu fiquei boquiaberto com o que tinha acabado de fazer. Então a Sophia pousou no solo, e de trás dela, surgiu uma onda de 10 metros de puro fogo, ela estava determinada a me matar dessa vez, então eu tinha tentado usar toda a água ao meu redor e criei uma parede gigante de gelo, o fogo atingiu a parede e ele não derreteu. Então ela parou e disse:
-Muito bem, já sabia usar seus poderes. -Minha parede de gelo desmourou em água.
-Você está louca? Quase me matou!
-Calma, deu tudo certo.
-Tudo certo? TUDO CERTO??? -Ela ria
Eu guardei remorso dela depois disso.
Voltamos ao galpão, Vini apareceu correndo e disse pra sairmos urgentemente dali para não entrar-mos, eu entrei mesmo assim, e ele estava no teleportador, eu pensei que ele ia cometer besteira de combater Nova York inteira sozinho, corri até ele, mas antes de alcança-lo, houve uma grande explosão, que me jogou para a parede do outro lado do galpão, não me feri mais porque Sophia sugou a explosão de alguma maneira do lado de fora, depois disso, fui ao teleportador e não sobrou nada da maquina, havia sumido dali, fiquei ali sentado e chorando por horas, que besteira ele quis fazer? Será que ele ainda estava vivo?
Saímos do galpão depois de um tempo, por medo de ter chamado mais atenção do exército pra onde a gente estava. Sophia me levou voando para qualquer direção, e sei que não podia fazer nada sem Vini. Sophia voou por 5 horas me levando até que se cansou e paramos em uma floresta, estava anoitecendo, então combinamos de que um dorme e outro defende, deixei ela dormir porque voou por muitas horas. No dia seguinte, ela acordou e eu estava dormindo já, então ela me levou dormindo mesmo, quando acordei, eu estava na cama de uma casinha de madeira e a Sophia sentada na janela, me levantei da cama e vi que estávamos num vilarejo no deserto.
-Como me levou até aqui com eu dormindo?
-Você não se meche quando dorme. -Ela me olhou com um triste olhar. -Sinto muito por seu amigo.
-Eu não sei como prosseguir sem ele... Espero eu conseguir pelo menos algumas coisas que ele procurava.
-Eu te ajudo - Disse Sophia -Alias, não tenho muita escolha mesmo.
-Ok, minha única opção é confiar em ti também.
-Passei por varias cidades no caminho, e não tinha ninguém, acho que não é só na sua cidade que parece estar vazia. -Sophia estava com um vestido branco, ela deve ter parado em algum lugar pra tirar a roupa de hospital.
-Droga. -Me levantei da cama. -Precisamos ir em frente, eu preciso ir em um lugar.
Eu estava muito triste, bravo, e louco, pensava que tudo era um mero sonho, aconteceu tudo tão depressa, e eu não sabia o que fazer, isso mexia com minha cabeça, e ainda eu estava confiando numa completa desconhecida que cospe fogo, o pouco de confiança que tive foi por sobrevivência ou algo assim.
Precisava saber onde eu estava, Sophia disse que estava cansada de tanto voar, então disse pra ela que ia ver onde nós estávamos. Explorei o vilarejo e ela foi dormir na casa. As ruas eram repletas de areia, só tinham 2 , as casas estavam destruídas e a única que resistiu foi a de madeira. Entrei nas casas destruídas, e elas estavam assim a algum tempo, encontrei comida estragada, garrafas de álcool, alguns móveis avariados e um jornal, nele dizia "Arm Ville - 2017 - N° 179" e levei o jornal comigo. Quando atravessei a rua para voltar para casa de madeira, eu senti o chão tremer, mas logo após parou. Eu tinha minhas duvidas se Arm Ville existia mesmo, nunca vi no mapa na minha vida, mas devia ser no Estados Unidos. Sophia estava na cama com um colchão apenas, ela ainda usava a roupa de hospital, e parecia muito fraca ainda, seu cabelo de loiro foi pra cor branca, ela era branca demais para saber se estava pálida. Eu senti o terremoto de novo, só que era constante agora, e Sophia nem se movia. Ficamos lá dentro, porque caso desmoronar, eu seguro, (finalmente uma utilidade pra esse poder). Então olhei pela janela e vi a casa da frente que já estava destruída ser engolida pela areia, foi assustador e pensei que seriamos o próximo imediatamente, mas logo fiquei aliviado quando finalmente o chão parou de tremer.
Essa paz ficou por 10 minutos, quando eu ouvi um rugido, não parecia ser de nenhum animal ou algum móvel se retorcendo, então a terra voltou a tremer, e eu ouvi um ranger de metal, tinha algo debaixo da terra muito grande, do nada saiu algo e pulou no ar para a casa do lado, parecia uma cobra gigante de 50 metros de cumprimento, totalmente feita com escama de metal que cortava o ar quando se movia, e tinha um olho vermelho, ele demorou 30 segundos pra todo o corpo dela ir de uma casa a outra em arco no ar, o corpo parecia não acabar. Fiquei quieto sem me movimentar, então aquela coisa saiu só com a cabeça pra fora da terra de novo depois de ter entrado na outra casa e a soterrando, de alguma maneira, essa coisa me viu, a luz de seu olho vermelho refletiu nos meus olhos, então ela saiu com seu corpo gigantesco e pulou formando um arco de lá para cá, então peguei Sophia no colo, explodi a parede com a água do meu suor, e corri de lá antes de ele chegar, quando ele tocou a casa, ela se fez em pedaços, e era engolido pela terra junto com o corpo da espécie de metal, Sophia não acordava, eu estava com medo de deixar ela sozinha, eu estava com medo demais pra atacar ele, mas pensei que ele nunca ia me deixar se eu não desse um jeito nele, então coloquei a garota na areia, metade do monstro tinha saído com o corpo pra fora da areia na minha frente, era mais alto que um pequeno prédio ainda, eu nesse momento percebi que eu tinha telecinese quando fiz uma viga de madeira flutuar, então usei a mesma tática da água e joguei tudo ao meu redor nele, isso chamou a atenção dele, então levantei uma casa destruída inteira com a força da mente, e joguei contra o bicho, mas nada acontecia.
Ele começou a correr na minha direção acima da terra como uma serpente, peguei Sophia de volta e continuei correndo como se não houvesse amanhã.
Sophia abriu os olhos e seu cabelo voltou a ficar loiro, corri tanto que tropecei e cai com ela, se a cobra pulasse em nossa direção agora, ele nos mataria, então Sophia tentou se levantar e me tirou de cima dela e invocou seu arco e flecha, o monstro deu um salto e ia cair de boca em cima da gente, Sophia mirou bem enquanto ele já estava quase em cima da gente e atirou da maneira mais veloz possível nele, a flechas era rápidas, rasgaram o ar e o som, quando explodiu na cobra, a desequilibrou no ar e caiu em entra direção, Sophia abriu suas asas e me levantou, e me abraçou, ela começou a voar comigo assim o mais depressa possível, eu não conseguia olhar por onde a gente estava indo. Alguns segundo depois notei que estávamos longe daquele deserto, mas Sophia tinha se apagado por segundos e a gente começou a cair, então vi um rio perto, e consegui deslocar a água pra debaixo da gente e nós caímos dentro d'água, então fiz a água sair dali para não nos afogar, ela levantou e não tinha entendido oque tinha acontecido. Ela tinha salvado minha vida naquele deserto, acho que eu sabia agora se devia confiar, estávamos em frente a uma floresta obscura, eu via claramente o medo nos olhos da garota, mas ela continuou indo em frente, e eu a segui, mas sentia que isso não ia dar certo...
-Dessa vez eu to morto... -Eu disse para mim mesmo.
-Desculpa rapaz, te trazer aqui assim não foi muito legal de minha parte. -Disse ele puxando a bengala que estava preso as suas costas.
-Você fez aquilo?
Em uma fração de segundo eu apareci numa casa simples de madeira, parecia que estávamos muito acima das nuvens, onde não haveria como ver o céu azul, e sim o espaço.
-Vocês jovens são muito estranhos, não da pra ter noção oque vocês fazem com esses pedaços de plástico que vocês chamam de... celular, hoje em dia também vocês veneram a um artista do que seu Deus... -Eu me levantei do chão.
-Senhor - interrompi -Onde nós estamos?
-Jovem, aqui é o famoso Céu, uma dimensão que os humanos não vêem.
-Estou realmente morto? -Ele ficou em silêncio enquanto pegava um copo que estava na mesa atrás dele.
-Garoto, você é um Anjo.
-O que? -Eu por um segundo pensei que ele era um estuprador dos céus.
-Isso não é um elogio garoto, você é um anjo. -Ele se virou pra mim. -Sabe, asas e essas coisas que vocês acham que anjos tem...
-Anjo... E todos que morrem viram anjos?
-Não garoto, todos que morrem, vão pra um canto separado, você nasceu predestinado.
Eu estava assustado com isso, um Anjo? Como assim?
-Porquê disso agora? Eu devo ta delirando com a pancada na cabeça...
-Garoto, tudo é destino, tudo é interligado. Olhe, precisa cumprir sua profecia.
-E que profecia seria essa!?
Ele me olhou com uma cara sorridente, eu estava apagando, e ele disse "você vai descobrir moleque"
Do nada acordei no porão do vini, eu estava esmagado com o teto do porão, tudo tinha desmoronado, eu consegui empurrar os escombros que estava em cima de mim, mas sem sucesso. Eu estava desesperado, e gritei muito o nome do Vini, pensei que ele estava morto, eu estava cansado, eu fiquei alguns minutos quieto, e quase queria aceitar a minha morte, mas algo aconteceu e minha mão começou a formigar muito, ela estava aberta e machucada, mas quando fechei a palma da minha mão os escombros foram jogados para as paredes, grudaram como se fosse um imã saindo de cima de mim, eu fiquei aliviado e continuei deitado ali.
-Como merdas eu fiz isso? -Fiquei impressionado comigo de ter removido meia tonelada de tijolos e madeira de cima de mim com a força da mente, eu acho que ainda estou morto.
Depois de um tempo, eu sentei no chão, parecia que minhas costelas estavam quebradas e se recuperando disso muito rápido. Consegui me levantar e subir as escadas do porão bem devagar, eu não via o Vini, metade da casa ainda estava inteira e dava pra ver a cidade ao redor, e só nossa casa mesmo estava daquela maneira, andei por toda casa e não achei minha tia e nem minha mãe. Fui para a rua e não havia ninguém, apenas carros acidentados, vidros dos prédios quebrados, a unica coisa que eu podia ouvir era tiros muito longe dali.
Andei pela cidade gritando o nome da minha mãe e do meu amigo... como se resolvesse algo eu gritar. Eu olhava o meu relógio, meu celular, tudo tinha parado de funcionar, então continuei andando pra longe dali em busca de alguém.
Enquanto eu andava, eu começava a mover todos os objetos que estavam em meu caminho com a mente, era muito legal, mas ainda sim ruim! Meio que não tinha caído a ficha que eu estava morto, talvez eu tivesse parado em um inferno onde não tinha ninguém.
Eu apenas andava reto pela avenida, andei por horas e horas, eu não sabia o que fazer.
Um certo ponto do caminho, eu tinha visto um carro vermelho e todo barulhento vindo em minha direção, então entrei na frente dele e comecei a acenar com os braços para parar o motorista...
Agora, um jogo de perguntas e respostas:
Você pararia pra um estranho numa cidade como Nova York totalmente abandonada?
Bem, o motorista não tava nem aí, e acelerou em minha direção, então quando ele estava a um metro de mim, consegui parar o carro dele com a mente, e ele tentando acelerar mas o carro não ia pra frente e eu não fazia a menor força, então ele saiu do carro, o rapaz usava um capuz preto com óculos escuros e blusa de frio com calça cumprida.
-Eu não quero problemas cara, eu quero apenas aju... -Eu tentei falar.
Então ele sacou um bastão do carro, eu pensei que era um cabo de vassoura, então ele bateu com aquele bastão no veículo, e o carro se reduziu a pó e fumaça, e fui andando andando pra trás devagar e ele me seguia olhando ferozmente.
-Olha rapaz! Não foi nada simpático oque você fez com seu carro -Quando ele ia me acertar, olhei para um carro que estava ao meu lado esquerdo, então joguei contra o rapaz e o acertou em cheio, ele voou uns 5 metros com o carro e tudo. -Desculpa ae cara, não sei dirigir.
Ele estava esmagado pelo carro em cima dele, então ele empurrou o carro para o lado e se levantou como se nada tivesse acontecido, ele foi em minha direção com mais raiva e eu andava para trás com mais medo. Eu fiz 4 carros flutuarem em minha volta até quando fiquei encurralado por um ônibus atras de mim, o rapaz parou de andar e tirou o óculos.
-Max? -Fiz os 4 carros voar contra aquele cara e tudo virou fumaça e pó quando o tocou, e eu fiquei tremendo de medo.
-Como sabe meu nome!? -Ele andou em minha direção saindo do meio de toda aquela fumaça.
-Sou eu cara! -Ele tirou o capuz, e era o Vini. Nunca tinha ficado tão feliz na minha vida por ter visto alguém, eu corri pra abraçar ele mas ele colocou a mão na minha cara e pediu pra parar.
-É bom te ver Max. Agora sei porque sua mãe nunca te deixava sozinho com o carro.
-Vai se foder cara! Mas... cara, oque houve aqui? A gente ta morto?
-Eu realmente não sei o que aconteceu de fato, mas morto nós não estamos. -Ele pegou a mochila das costas dele e tirou um amuleto. -Quando acordei, eu estava em cima de um prédio, do nada eu derrubei ele comigo lá, não sofri nenhum arranhão, mas notei que fui eu, foi um acidente aquilo. Aí percebi que ganhei esses poderes. -Ele tirou o celular do bolso e me mostrou um vídeo. -A cidade ta cheio de caras do exercito, eu não sei como eles estão aqui ainda, e a gente também, eles devem estar prendendo pessoas não sei onde.
-Você não falou com eles?
-Não, nem tive coragem, quando acordei eu estava longe, então me disfarcei, arrumei o carro e fui pra casa pra ver se ainda tinha algum rastro seu...
-Precisamos falar com o pessoal do exercito então... Você viu a mamãe?
-Não... Esperava que você soubesse de algo... Me desculpe Max, estou preocupado com a minha também... -Ele desligou o celular. -Não creio que elas tenham morrido, se não haveria marcas de sangue, ou algo do tipo. -Começamos a andar enquanto ele falava. -Vi varias casas e não havia nada, o que é realmente estranho cara, nenhum sinal de absolutamente nada -Vini falou, mas sem reação de medo, oque era bastante estranho.
-Você não acha que tenha a ver com aliens e coisas do tipo? -Ele parou de andar e me encarou.
-Acho... mas precisamos descobrir mais. -Ele voltou a andar mais rápido e eu precisava correr pra acompanha-lo.
Combinamos de falar com os militares, e no caminho a gente conversava sobre como estava a cidade por onde ele passava, estava tudo vazio, as pessoas foram talvez abduzidas de alguma forma, eu achava aquilo esquisito e um absurdo, mas Vini não, era assim mesmo.
Finalmente achamos uma patrulha, nos aproximamos devagar no meio da rua, um deles nos viram e alertou aos outros. Os militares começaram a gritar "Quem é você" e "O que fazem aqui", eles se aproximaram da gente apontando suas armas e me deram uma coronhada com o fuzil deles, eu fiquei tonto e dei uma tropeçada para trás e cai, fiquei inconsciente, só vi que depois eles no colocaram no Jeep e nos levaram para um um lugar fora da cidade.
O lugar era como se fosse uma base improvisada na floresta, tinha um lago quase seco em volta dele com arvores morrendo e uma estrutura de tamanho médio. Assim que chegamos lá, os soldados no empurraram para fora do carro e nos levaram até o general que estava do lado de fora, ele era um cara velho com 2 cicatrizes de faca no rosto, o que é um visual muito original e na moda.
-Quem são eles!? -Disse o general com cara de mal....muito original também.
-Esses garotos eu achei na cidade, eles apareceram do nada pedindo ajuda senhor!
O general olhou pra gente com uma cara de desaprovação e eu querendo só sair dali. Enquanto isso notei que fora da base tinha várias maquinas, e uma bem peculiar, que cabe pessoas lá dentro como um elevador, mas tinha uma placa escrito "BETA".
-Prendam os garotos, por que eu acho que eles tem ligação com a garota da base 08. -Disse o general olhando pra gente.
-Sim senhor. -Disse o soldado, então o general se virou e começou a andar.
-A gente não tem nada a ver com isso senhor, não sabemos o que aconteceu. -Eu respondi, Vini sussurrava pra mim calar a boca. O general olhou pra trás, mas continuou a andar.
O soldado nos levou a uma gaiola, acho que não tinham uma cela melhor. Ficamos presos lá até a noite do lado de fora, perto da tal máquina BETA enquanto eu pensava na minha mãe, será que ela estava bem em algum lugar? E tudo me fazia lembrar a tal garota, Sophia... Quem será essa tal Sophia que aquela garota disse que ela devia morrer, oque será que ela fez? Eram milhares de perguntas, e tudo estava acontecendo depressa demais pra mim...
Enquanto eu pensava, Vini estudava a maquina á nossa frente e tinha descoberto em tese que maquina era aquela, como? Isso nao sei. Ele disse que era um teleportador, eu nunca tinha visto um desses, e pra mim isso ainda não era possível, e achei que o Vini estava lendo muita ficção cientifica demais. Ele disse que precisávamos fugir de lá com aquilo, então ele pegou o bastão dele, que apareceu do nada, eu perguntei pra ele quanto tempo que tinha acontecido isso tudo e onde ele guardava o bastão, ele disse que faz uma semana que tudo aconteceu, e que estava procurando uma maneira de voltar pra casa, ele não respondeu sobre o bastão.
Vini tinha destrancado a fechadura eletrônica com o bastão de alguma maneira apenas o tocando, quando a porta abriu, saímos devagar da cela, mas quando estávamos abrindo a porta da maquina BETA, eles nos viram e atiraram sem o minimo remorso, as balas quase nos acertaram, eu coloquei a mão na frente por reflexo e as balas pararam no ar, e eu achando que já sabia demais por um dia, então fechei as mãos e joguei as balas muito forte neles como se eles mesmos tivessem atirado um nos outros, então entramos na tal máquina, ela era cilíndrica cheia de motores e circuítos, quando Vini ligou, a a porta se fechou com nós lá dentro. Mais reforços do exercito chegaram, nossos sentidos do nada se bagunçaram e sentimos como se todos os nossos órgãos internos estivessem sido retorcidos pela luz que ficava girando em torno da gente naquela máquina e tudo lá fora sumiu.
A maquina parou e abriu a porta, a gente caiu no chão de tanta tontura, eu olhei pra cima com uma culpa maldita dentro de mim por ter ricocheteado as balas e matado o pessoal do exercito.
Quando consegui ficar de pé, percebi que estávamos em um lugar completamente diferente, comecei a vomitar o que nem eu tinha comido, Vini se levantou tropeçando e se encostou na parede.
-Max, ta legal? -Vini disse e eu tentando ficar de pé, parecíamos que bebemos muito naquela hora.
-Vamos esperar passar essa brisa cara... -Eu também encostei na parede.
Depois de 5 minutos, estávamos quase OK, depois vi os detalhes onde estávamos, e parecia um galpão, dava pra notar o centro do telhado que era de vidro, e vimos que estava nevando, mas eu não senti frio algum lá dentro. Começamos a andar, o galpão tinha muitas máquinas e armas, Vini disse para mim abaixar, no centro do lugar tinha uma capsula retangular, pensei que era uma mesa de inicio, mas dava pra ver gelo lá dentro, tinha 8 cientistas com jalecos brancos em volta, a tal capsula estava brilhando muito com tantas lampadas fortes apontadas para ela.
-Vini, o que a gente faz? -Sussurrei.
-Precisamos apagar eles pra sair daqui.
Ele se aproximou devagar e eu o segui, os cientistas estavam falando japonês ou algo do tipo, não sei, por descuido, um passo meu foi ouvido e eles notaram que eu estava ali, todos sacaram uma arma elétrica, então Vini correu na direção deles começou a bater nos cientistas com o bastão, eu não sabia o que fazer, quando um se aproximou de mim, a água que tinha alí no chão subiu na minha mão e formou uma espada de gelo, e eu na tentativa de me defender atravessei a espada no rapaz... Foi a primeira vez que eu tinha matado alguém, eu fiquei em choque e andei pra trás olhando pra aquele cara caindo no chão morto por mim, outro cientista ia me atacar e meu amigo o derrubou no chão com brutalidade.
-Cara, acorda, precisamos sobreviver, ele iriam nos matar. -Ele colocou a mão no meu ombro e disse. -Daqui pra frente terá muitos mortos...
Eu ainda não estava muito convencido, Vini tinha derrubado todos, e pela força bruta que todos eles foram ao chão, devem ter morrido.
-Você já matou alguém? -Minha espada de gelo virou água.
-Nunca Max, mas sempre tem a primeira vez. -Ele desviou a atenção para o retângulo com gelo dentro, então ele foi até lá, eu o acompanhei e começamos a ver o que tinha dentro.
Era mesmo uma câmara de gelo e parecia que havia alguém dentro, congelada a anos, mas apenas a sua sombra era visivel. Tentamos quebrar o gelo, derreter, usar a força bruta do bastão do Vini e nada, então vimos que ao lado da câmara havia um cristal verde, parecia que tinha fumaça rodando lá dentro.
-O que é isso? -Falei olhando a pedra de perto.
-Sei não, não deve ser importante... acho que devemos desistir de quebrar isso, isso não pode ser gelo normal.
-Certeza?
-Sim, e não tem como descongelar e reviver alguém de criogenia nenhuma, então vamos dar um jeito de dar o fora daqui. -Disse Vini.
Eu concordei, mas eu não queria levar aquela pedra, poderia ser da própria pessoa congelada ali, então deixei a pedra em cima do gelo e andei pra trás, quando eu ia me virar, vi que onde a pedra estava, começou a descer até a pessoa, aquilo conseguia derreter o gelo mais que o próprio fogo. Do nada, a pedra parou de descer, e todo o bloco derreteu e virou água em um milésimo de segundo, tirei a pessoa de dentro da capsula cheia de água, Vini só notou o que aconteceu depois que gritei o nome dele.
Vimos que era uma garota loira de cabelo longo, ela era uma adolescente assim como a gente, realmente ela era muito linda, coloquei ela em cima de uma mesa, Vini correu pra ver se ela tinha pulsação, ele chegou a conclusão que ela tinha morrido, mas a mão dela se moveu para seu pescoço, o cristal estava lá, então ela abriu os seus olhos azuis e virou a cabeça, e conseguiu soltar uma frase.
-Quem são vocês? -Ela disse, sua voz era bonita, parecia bem doce. Eu e Vini nos entreolhamos.
-Sou o Tiko e ele o Teko. -Vini respondeu, eu quase ri.
-Desculpa, meu nome é Max e esse é o Vini. -Ela nos estranhou com o olhar, ela estava bastante surpresa com aquilo tudo.
Ela tentou se levantar mas quase caiu da mesa, eu e Vini a seguramos, então demos uma ajuda pra ela ficar ao menos sentada, mas ela insistia em sair da mesa. Quando ela conseguiu ficar de pé, ela olhou para suas roupas, e também fui reparar só nesse momento que ela estava com roupa de paciente de hospital. Ela pegou na pedra no pescoço, que parecia que estava colada por que não caía, e duas asas surgiram em suas costas, asas transparentes de borboletas, comecei a achar que tava com demência ou dormindo por ver a Barbie dos filmes de fadinha.
-Mas que po... -Disse Vini. -Você se chama barbie? -Parece que Vini pensava o mesmo que eu.
-O que? -Ela perguntou.
Ela olhava pra janela no teto do galpão, comecei a pensar o que ela estava olhando ali, se ela era doida o suficiente pra sair por aí com essas asas ao invés de usar as portas, mas notei que o galpão não tinha porta nenhuma, o que era muito estranho.
Ela pegou na minha mão e do Vini olhando pra cima, enquanto eu olhava pro Vini e mexia a cabeça pra falar não, suas asas bateram mais rápido que um helicóptero, ela arrancou pra cima e quebrou o vidro do centro do galpão, então ela nos deixou em cima dele, aí notamos que o galpão era subterrâneo, abaixo de muita neve.
Alguns soldados vieram do nada atirando na gente, Vini e eu abaixamos e a tal garota materializou um arco na sua mão e atirou nos soldados em volta com flechas magicas, quando os acertava, elas explodiam, a flechas apareciam sozinhos no arco dela, a gente achava irado e também achávamos que definitivamente não era a Barbie ali, quando todos foram mortos pelas flechas dela, as suas asas sumiram junto com seu arco, então ela olhou para o sol e foi para a beira do penhasco que havia ali á frente, ela olhava o sol nascente com profundidade.
-Quem é você? -Perguntei a ela enquanto eu me aproximava.
-Meu nome é Sophia -Então ela deu um leve sorriso.
Sophia era uma garota bonita, mas ainda me dava medo. Estávamos acampados no galpão, lá tinha comida e água, Vini e eu estávamos famintos e devorávamos tudo, Sophia apenas estava sentada no chão nos observando, parece que mesmo depois da criogenia ela não tinha fome. Eu parei de comer preocupado e fui falar com ela.
-Você se chama Sophia?
-Uhum -acenou com a cabeça.
-De onde você é?
-Eu não consigo me lembrar. -Ela tirou a pedra do seu pescoço e começou verificar.
-Como tem essas asas? -Ela fechou a mão com o cristal e olhou pra mim preocupada.
-Também não lembro, eu queria lembrar onde estou. -Ela colocou a mão na cabeça. -Nada ta fazendo sentido, minha cabeça dói.
-Não faz sentido nós com poderes enquanto todos do mundo sumiram, e ainda tem uma maquina de teletransporte e um exercito perseguindo dois adolescentes...
Ah... -Ela olhou para o chão e deu um leve sorriso.
-Nós também estamos com dor de cabeça... nós queríamos voltar pra nossa casa, mas se a gente tentar agora, ele vão nos pegar...
-Ok... -Ela se levantou e eu também. -Eu sei que é impossível, mas preciso que façam eu me lembrar quem sou, por que só lembro de como usar esses poderes e essa linguagem.
-Você deve ser de Nova York também, já que sabe nossa língua. -Disse Vini devorando uma coxa de frango.
Tive uma vaga idéia que tinha passado na minha cabeça e disse a ela:
-A gente vai ajudar você, mas queremos a sua ajuda, nós temos poderes também, então poderia nos ensinar a usar melhor eles? -Disse eu, ela pensou um pouco e respondeu.
-Eu posso tentar, mas não tenho certeza que vou conseguir explicar, esse é nosso trato, OK? -Disse ela fazendo uma cara engraçada. -Vini fazia mao com o dedo pra mim.
-Ok. -Eu respondi, mas Vini não.
Nós dormimos no galpão, não havia nenhum sinal de qualquer soldados aos arredores. No dia seguinte, fomos em um lugar perto do galpão, havia um lago congelado lá, Sophia e eu fomos até o lugar, enquanto Vinil....opa, Vini copiava todos os arquivos dos militares nos computadores do galpão.
Sophia estava tentando me explicar como os poderes fluíam pelo seu corpo e saíam pelas mãos.
-Max, acho que todos que tem algum tipo de poder, tem uma base elemental, pode ser ar, terra, fogo e água.
-Você parece uma professora de quinta série -Ela riu e continuou a explicação.
-A minha base elementar é o fogo, posso criar e controlar o fogo, posso fluir, criar e destruir coisas também. Enquanto ela explicava, ela tirava fogo das mãos e brincava com ele - Agora vou descobrir sua base elementar.
-Como?
Quando terminei de perguntar, ela cuspiu fogo na minha direção para fazer churrasquinho de mim, então por reflexo fiz o gelo do lago virar água e joguei pra cima da bola de fogo, assim o apagou, mas molhou a Sophia, ela deu risadas.
-Você é um peixe fora d'água, se concentre o máximo e use toda sua força pra me atacar.
Eu fiz uma cara de "está falando sério?"
- E se eu te ferir?
- Você não vai, agora ataca. -Encarei como uma ofensa e desafio.
Fiquei 5 segundos parados me concentrando em água, senti a água passando pelo meu corpo, mas não me molhava, então eu usei toda minha força que sentia da água contra ela, e o lago se desfez por inteiro e criou um redemoinho gigante no ar, é como se então joguei com tudo em cima de Sophia, e quando ia acertar ela, ela pulou na minha direção, cortou a agua no meio, passou dentro do redemoinho e me jogou muitas bolas de fogo, e eu defendia de todas atacando com jatos de água tão forte que as arvores do fundo se dilaceraram, e quando ela estava perto para me bater, me esquivei, de repente a espada de gelo surgiu na minha mão e comecei a atacar ela, eu atacava ela como se eu já soubesse fazer isso, então ela pulou para o alto, muito alto e sacou seu arco e jogou uma das suas flechas explosivas em mim, ela explodiu antes de me atingir, eu cortei a explosão no meio, eu fiquei boquiaberto com o que tinha acabado de fazer. Então a Sophia pousou no solo, e de trás dela, surgiu uma onda de 10 metros de puro fogo, ela estava determinada a me matar dessa vez, então eu tinha tentado usar toda a água ao meu redor e criei uma parede gigante de gelo, o fogo atingiu a parede e ele não derreteu. Então ela parou e disse:
-Muito bem, já sabia usar seus poderes. -Minha parede de gelo desmourou em água.
-Você está louca? Quase me matou!
-Calma, deu tudo certo.
-Tudo certo? TUDO CERTO??? -Ela ria
Eu guardei remorso dela depois disso.
Voltamos ao galpão, Vini apareceu correndo e disse pra sairmos urgentemente dali para não entrar-mos, eu entrei mesmo assim, e ele estava no teleportador, eu pensei que ele ia cometer besteira de combater Nova York inteira sozinho, corri até ele, mas antes de alcança-lo, houve uma grande explosão, que me jogou para a parede do outro lado do galpão, não me feri mais porque Sophia sugou a explosão de alguma maneira do lado de fora, depois disso, fui ao teleportador e não sobrou nada da maquina, havia sumido dali, fiquei ali sentado e chorando por horas, que besteira ele quis fazer? Será que ele ainda estava vivo?
Saímos do galpão depois de um tempo, por medo de ter chamado mais atenção do exército pra onde a gente estava. Sophia me levou voando para qualquer direção, e sei que não podia fazer nada sem Vini. Sophia voou por 5 horas me levando até que se cansou e paramos em uma floresta, estava anoitecendo, então combinamos de que um dorme e outro defende, deixei ela dormir porque voou por muitas horas. No dia seguinte, ela acordou e eu estava dormindo já, então ela me levou dormindo mesmo, quando acordei, eu estava na cama de uma casinha de madeira e a Sophia sentada na janela, me levantei da cama e vi que estávamos num vilarejo no deserto.
-Como me levou até aqui com eu dormindo?
-Você não se meche quando dorme. -Ela me olhou com um triste olhar. -Sinto muito por seu amigo.
-Eu não sei como prosseguir sem ele... Espero eu conseguir pelo menos algumas coisas que ele procurava.
-Eu te ajudo - Disse Sophia -Alias, não tenho muita escolha mesmo.
-Ok, minha única opção é confiar em ti também.
-Passei por varias cidades no caminho, e não tinha ninguém, acho que não é só na sua cidade que parece estar vazia. -Sophia estava com um vestido branco, ela deve ter parado em algum lugar pra tirar a roupa de hospital.
-Droga. -Me levantei da cama. -Precisamos ir em frente, eu preciso ir em um lugar.
Eu estava muito triste, bravo, e louco, pensava que tudo era um mero sonho, aconteceu tudo tão depressa, e eu não sabia o que fazer, isso mexia com minha cabeça, e ainda eu estava confiando numa completa desconhecida que cospe fogo, o pouco de confiança que tive foi por sobrevivência ou algo assim.
Precisava saber onde eu estava, Sophia disse que estava cansada de tanto voar, então disse pra ela que ia ver onde nós estávamos. Explorei o vilarejo e ela foi dormir na casa. As ruas eram repletas de areia, só tinham 2 , as casas estavam destruídas e a única que resistiu foi a de madeira. Entrei nas casas destruídas, e elas estavam assim a algum tempo, encontrei comida estragada, garrafas de álcool, alguns móveis avariados e um jornal, nele dizia "Arm Ville - 2017 - N° 179" e levei o jornal comigo. Quando atravessei a rua para voltar para casa de madeira, eu senti o chão tremer, mas logo após parou. Eu tinha minhas duvidas se Arm Ville existia mesmo, nunca vi no mapa na minha vida, mas devia ser no Estados Unidos. Sophia estava na cama com um colchão apenas, ela ainda usava a roupa de hospital, e parecia muito fraca ainda, seu cabelo de loiro foi pra cor branca, ela era branca demais para saber se estava pálida. Eu senti o terremoto de novo, só que era constante agora, e Sophia nem se movia. Ficamos lá dentro, porque caso desmoronar, eu seguro, (finalmente uma utilidade pra esse poder). Então olhei pela janela e vi a casa da frente que já estava destruída ser engolida pela areia, foi assustador e pensei que seriamos o próximo imediatamente, mas logo fiquei aliviado quando finalmente o chão parou de tremer.
Essa paz ficou por 10 minutos, quando eu ouvi um rugido, não parecia ser de nenhum animal ou algum móvel se retorcendo, então a terra voltou a tremer, e eu ouvi um ranger de metal, tinha algo debaixo da terra muito grande, do nada saiu algo e pulou no ar para a casa do lado, parecia uma cobra gigante de 50 metros de cumprimento, totalmente feita com escama de metal que cortava o ar quando se movia, e tinha um olho vermelho, ele demorou 30 segundos pra todo o corpo dela ir de uma casa a outra em arco no ar, o corpo parecia não acabar. Fiquei quieto sem me movimentar, então aquela coisa saiu só com a cabeça pra fora da terra de novo depois de ter entrado na outra casa e a soterrando, de alguma maneira, essa coisa me viu, a luz de seu olho vermelho refletiu nos meus olhos, então ela saiu com seu corpo gigantesco e pulou formando um arco de lá para cá, então peguei Sophia no colo, explodi a parede com a água do meu suor, e corri de lá antes de ele chegar, quando ele tocou a casa, ela se fez em pedaços, e era engolido pela terra junto com o corpo da espécie de metal, Sophia não acordava, eu estava com medo de deixar ela sozinha, eu estava com medo demais pra atacar ele, mas pensei que ele nunca ia me deixar se eu não desse um jeito nele, então coloquei a garota na areia, metade do monstro tinha saído com o corpo pra fora da areia na minha frente, era mais alto que um pequeno prédio ainda, eu nesse momento percebi que eu tinha telecinese quando fiz uma viga de madeira flutuar, então usei a mesma tática da água e joguei tudo ao meu redor nele, isso chamou a atenção dele, então levantei uma casa destruída inteira com a força da mente, e joguei contra o bicho, mas nada acontecia.
Ele começou a correr na minha direção acima da terra como uma serpente, peguei Sophia de volta e continuei correndo como se não houvesse amanhã.
Sophia abriu os olhos e seu cabelo voltou a ficar loiro, corri tanto que tropecei e cai com ela, se a cobra pulasse em nossa direção agora, ele nos mataria, então Sophia tentou se levantar e me tirou de cima dela e invocou seu arco e flecha, o monstro deu um salto e ia cair de boca em cima da gente, Sophia mirou bem enquanto ele já estava quase em cima da gente e atirou da maneira mais veloz possível nele, a flechas era rápidas, rasgaram o ar e o som, quando explodiu na cobra, a desequilibrou no ar e caiu em entra direção, Sophia abriu suas asas e me levantou, e me abraçou, ela começou a voar comigo assim o mais depressa possível, eu não conseguia olhar por onde a gente estava indo. Alguns segundo depois notei que estávamos longe daquele deserto, mas Sophia tinha se apagado por segundos e a gente começou a cair, então vi um rio perto, e consegui deslocar a água pra debaixo da gente e nós caímos dentro d'água, então fiz a água sair dali para não nos afogar, ela levantou e não tinha entendido oque tinha acontecido. Ela tinha salvado minha vida naquele deserto, acho que eu sabia agora se devia confiar, estávamos em frente a uma floresta obscura, eu via claramente o medo nos olhos da garota, mas ela continuou indo em frente, e eu a segui, mas sentia que isso não ia dar certo...
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