01 - Sim, sou eu
02 - Sophia
03 - Puros
04 - Destruição
05 - A Divisão
06 - A manhã
07 - Voo do medo
08 - A mente de Gabrielle
09 - Sistema abaixo
10 - Sarah Inc.
11 - Eu não tenho medo (Parte 1)
12 - Eu não tenho medo (Parte 2)
13 - Eu não tenho medo (Parte 3)
14 - Sobrecarga
15 - Amarga escuridão
16 - A caçada
17 - Um dia
18 - O outro lado
19 - Cartas para Princesa
20 - Jamais esqueceremos
04 - Destruição

Sophia e eu estávamos ainda viajando com o jato roubado do exército, na cabine dava para ver pelo vidro as gotas de água da chuva passando muito rápido. Não sabíamos se havia gasolina o suficiente, era um avião a jato de guerra que ainda funcionava a gasolina, 2025 e ainda existe essa coisa... Sophia estava sem a mascara de ar, eu nessas condições, eu já teria morrido asfixiado pela altitude e velocidade. Tinha um pequeno Mp3 player dentro do jato, eu peguei e comecei a olhar as músicas, toquei a primeira que tinha na lista e começou a tocar Paradise city - Guns N' Roses, essa música é épica demais e me lembrava as antigas fitas de musica do meu pai.
Quando nos demos conta no radar tinha algo atrás da gente, algo muito rápido, e não era o exército, passou ao nosso lado cortando o céu.

-Sophia, espero que você tenha um plano.

-O único plano que temos é morrer. Tem um melhor?

-Merd... -Coloquei a mão no vidro da cabine e a água da chuva que ficava para trás começou a nos seguir como uma onda no ar.

-Oque está fazendo? -Sophia olhou para o lado e viu alguma coisa muito escura bem perto de nós. -Seja o que for fazer, faça logo!

Até que a onda de água acertou a outra aeronave, do nada ela congelou fazendo a nave perder altitude bem rápido. Eu tirei a mão do vidro e olhei para ela, estava com cristais de gelo.

-Acho que isso resolve Sophia.

-Não, não resolve, tem mais duas naves atrás. -Sentimos algo atingindo nosso jato por trás. -TEMOS QUE DESCER!

Ela desce de uma vez muito rápido, eu quase vomitei. Nosso avião iria de encontro ao chão, mas ela conseguiu estabilizar, a poucos metros do chão. Estávamos em uma área deserta cheia de montanhas no caminho, havia uma estrada que levava a algo parecido com um bolha. Sophia era a deusa da aviação porque ninguém pilota daquele jeito, e eu com medo quase vomitando em cima de tudo. De repente ela arremete o jato pra cima, estávamos voando em linha reta pra cima e uma nave passou por baixo de nós, e então Sophia deu uma pirueta pra trás com o jato e o jato explodiu em velocidade para frente, estávamos exatamente atrás da nave.

-Max! Atire!

Eu estava enjoado mas consegui atirar um pouco de gelo e acertei na traseira, a nave caiu e explodiu, mas nossa nave estava ainda mais danificada com a velocidade. Estávamos próximo a cair no meio da estrada, Ela então subiu o jato e quebra o vidro da porta e me puxa pelo braço, pude ver o avião caindo abaixo de nós mais rápido que a gente.
Sophia e eu estávamos em queda livre muito próximo ao chão, eu não consegui pensar direito, então Sophia me abraçou .

-Sophiiiiiiiaaaa!!!

-Calma

-Filha daaa...!!

Ela riu muito

-Minhas asas não abrem!

-Oque?????

Ela riu feito um louca.

-Brincadeira -Ela abriu suas asas enquanto víamos o avião lá em baixo explodindo com a batida no chão, ela foi em direção a uma área residencial ainda longe da estranha bolha gigante no horizonte.

Ela voava em alta velocidade pra frente pra me provocar ou me matar, ela tava se divertindo e eu quase vomitando com a velocidade, quando descemos finalmente, ela ficava me zoando.

-Uhul!!! Mais uma!

-Sua...sua...sua...aaargh.

Eu estava muito frustrado, e precisava ir ao banheiro antes de acontecer outra aventura...

-Nova York está ali, ou deveria... -Estranhei por que já viajei para fora e para dentro da cidade.

-Deveria?

-Sim... Parece que aquela bolha gigante engoliu ela... -Lembrei do ultimo presidente do país, queria fazer um domo gigante pra proteger de guerras nucleares, mas tão rápido ter feito isso?... -Preciso ir ai banheiro!

Ela riu de mim... Garota sínica...

Estávamos no aproximando do que seria a cidade de Nova York andando, podíamos ver os prédios dentro da bola gigante. Não voamos mais para acelerar o processo por que chamaria atenção e eu tinha medo de outra loucura da Barbie Neurótica. Ela parecia que já passou por algo pior que a extinção do humanos, sempre fria e tentando ser liderante andando sempre a minha frente.
Quando chegamos perto da entrada, a cidade estava mesmo dentro de um domo gigante, eu vi quando os EUA apresentaram isso na Tv e achava um absurdo fazer isso em volta de uma cidade gigantesca como NY, Sophia  ficou impressionada com o tamanho. Na entrada, que na verdade era o vidro quebrado do domo, era tudo meio desértico, apenas grama morta em volta. Havia alguns jovens equipados com armas bem estranhas a entrada, 5 deles, era fácil. Sophia invocou seu arco atirou uma flecha explosiva contra eles pra pegar todos, mas quando chegou perto, a flecha bateu contra uma barreira invisível e explodiu com força, não houve nenhum arranhão neles, a não ser no chão que estava pegando fogo, eles ficaram nos olhando sem reação, como se fôssemos esquilos na natureza...(péssima comparação, eu odeio esquilos, eles são do mal.) Sophia ficou com muita raiva e seu braço machucado doeu por tal esforço, então ela atirou uma flecha com toda a força, a flecha foi tão rápida que arrastou tudo que estava perto, a flecha explodiu, a explosão foi tão forte que parte do domo trincou, menos o campo invisível deles, eles olharam para parte trincada e para Sophia, então eles levantaram as armas e perguntaram:


-Quem são vocês?

-Meu nome é Max! E essa nervosinha é a...

-QUEM É NERVOSI... Droga... -O braço dela começou a sangrar.

Ela estava fervendo de raiva mas ainda machucada, ela apertava o cabo do arco dela e olhava fixamente pra eles, o fogo que estava na rua ficou azul e muito alto e ouvi explosões muito fortes, era os encantamentos de gaz, eu olhei para explosão, mas Sophia olhava pra eles apertando o arco, a explosões estava chegando mais perto do domo, e eles abaixaram as armas e olharam as explosões como se fosse algo normal, um se sentou, outro encostou no cabo da placa de vidro no domo e outro ficou em pé, quando a explosão chegou ao domo, tudo tremeu, domo deu umas rachadinhas de nada.


-Hey garota, o domo aguenta explosões nucleares, oque ta tentando fazer?

Ela invocou uma flecha e jogou, ficou fincado no vidro do domo, um deles disse:

-Wow! Legal, mas tipo, isso vai... -De repente uma parte do domo se despedaçou e caiu ao chão atrás deles, e o que estava encostado cai no chão.

-Eu disse que ela era nervosa. -Eu disse sem se quer me preocupar.

-Galera, atira! -Ordenou o que estava em pé.

Então eles começaram a atirar raios com aquelas armas, eu ergui uma pequena parede de gelo grossa, Sophia ficou parada enquanto eles erravam todos os tiros, até que ela começou a jogar bolas de fogo com a mão, e eu me sentei atrás do gelo esperei aquela Guerrinha que ninguém acertava ninguém. Depois de um tempo eu saí atrás do gelo e apontei minha mão para eles e por telecinese fiz eles cairem como se tivessem levado uma rasteira, e puxei eles para fora do campo de força, Sophia ia acertar eles mas segurei a mão dela.

-Parem de Brigar galera.

-Você vai morrer cara! Você provocou a galera errada -Disse um que estava já se levantando.

-Vocês conhecem um tal de Vini? -Todos olharam estranho pra mim. -Eu não quero repetir! Conhecem ou não?

-Vocês fizeram isso tudo por causa daquele filho da... -Um colega tapou a boca dele.

-O que quer com ele!? -Cheguei a conclusão que estava vivo depois que ele disse isso.

-Somos amigos dele. -Disse Sophia desfazendo o arco.

-Não são nada! Estão tentando nos mani...

-A menos que não nos deixe entrar, eu libero a Barbie do mal! Ela não foi vacinada. -Eu falei e ela cuspiu fogo

Então saíram do nosso caminho e nos deixaram entrar.

-Você finge bem Sophia. -Disse eu andando e olha para ela.

-Eu não estava fingindo. -Ela falou com raiva.

O domo a frente estava quebrado por algo, mas não era um buraco pequeno. Vimos vários helicópteros sobrevoando os prédios, a cidade estava abandonada com som de tiros ecoando pelas esquinas, os carros estavam parados pelas ruas, tinha até um congestionamento, o mato crescia por todo lado, parecia que fazia anos que eu tinha saído dali. O domo no horizonte ainda estava caindo em pedaços. Sophia ia sempre a frente, ela parecia saber onde ir, até que vi uma lambreta vermelha caída com as chaves, fui até ela e estava carregada, eu sabia pilotar, então dei a ideia, então montei nela e disse pra Sophia montar atrás, fomos em direção pra casa.

Estávamos passando por todos os carros da cidade abandonada, vimos jovens armados como na entrada de N.Y. e todos olhavam o domo se despedaçando e caindo contra prédios e carros, eu não entendia porque tinha o domo na cidade, não entendia porque essas pessoas na rua e o exército não tinha desaparecido com o resto da população. comecei a pilotar pela calçada por que estava mais livre que as ruas cheio de carros abandonados, os prédio estavam todos inteiros, alguns com as portas abertas. A calçada estava cheio de objetos ainda, bolsas jogadas pelo chão, parecia o cenário de "Eu sou a Lenda", quando um pedaço de vidro enorme caiu sobre um prédio na nossa frente, metade do prédio despencou, e eu segurei pedaços dele e passamos por baixo e depois soltei fazendo um belo estrago. Estávamos indo o mais rápido que podíamos, quando a moto começou a falhar, o medidor de bateria estava no 0, mas estava 75% a um segundo... Eu desci e chutei ela, Sophia ficava o tempo toda calada admirando tudo em volta. Continuamos a pé, estávamos estrando em uma parte escura, muito escura da cidade, uma rua coberta por arvores e nuvens negras, as arvores chegavam a atravessar alguns prédios, e mais ao fundo deu para ver que estava chovendo forte, precisávamos passar pra chegar em casa, Sophia estava perdendo as forças, estava muito cansada e seu braço sangrava a cada passo em direção a parte obscura.

-Max, eu não estou legal.

-Eu te levo Sophia.

Eu peguei ela no colo e seguimos, a pedras de Puros estava com um brilho vermelho, eu a toquei  para ver o que estava acontecendo, mas quando eu a toquei, fui jogado longe com Sophia por um raio grande e vermelho que me queimou, Sophia estava no chão quase apagando, eu vi em seus olhos as lágrimas saindo, estava bem ao meu lado morrendo. Vi uma pessoa com roupa muito estranha, ele levantou a mão preparado para atirar um raio em Sophia, meu poderes não funcionavam por que eu estava sofrendo de dor, eu tentei muito, então levantei como pude e peguei um tijolo que estava na calçada e joguei nele, ele usou o raio Contra mim e me jogou forte contra um prédio, foi tão forte que atravessei as paredes de vidro dele, eu ainda estava vivo e fora de alcance de Sophia, eu cuspia sangue mas não podia abandonar ela, então corri em sua direção, quando cheguei lá, ele atravessou suas mão nela... Foi algo como se minha vida passasse em câmera lenta diante dos meus olhos... O sangue de sophia escorria pela rua, sua pedra estava acessa e branca, ele arrancou dela, ele me viu novamente e quando ele ia me atacar, um ônibus caiu sobre ele, e havia alguém sobre o veiculo e do nada explode, na explosão, Vini voa do fogo em minha direção e cai em cima de mim metendo os pés em meu peito, eu caio pra trás com força, quando abri os olhos, eu estava numa quadra de basquete cheio de cidadães armados apontando para mim, eu fiquei sentado no chão chorando muito.

-Ei Max! -Eu reconheci a voz de Vini, um caminho se abriu em meio das pessoas e o xinguei muito.

-Seu filho da puta! Porque não salvou ela seu imbecil! -Eu disse, e ele no meio de todos vindo em minha direção.

-Para com isso, eu tentei!

-Você explodiu ela com aquela cara!

-Ela está ali, eu teleportei ela pra cá antes de eu atingir ele, agora larga de ser bebê chorão, todo mundo morre!

-Seu filho da puta -Eu corri para onde ele havia apontado, ela estava do outro lado da quadra. Me ajoelhei e comecei a chorar em cima do corpo dela, o abdômen dela estava dilacerado e seu braço estava roxo, ela estava morta de verdade...

-Ele ainda ta vivo se quiser saber, precisamos pegar ele e mata-lo. -Eu me virei para ele. -Ele continuava com seu cabelo com franja, só que agora com um sobretudo rasgado. -Quero que todo saiam, e levem ela pra enfermaria. -Todos saíram.

-Oque aconteceu com você? Você me abandou cara!

-Isso aqui faz parte da guerra, quando eu estava no teleportador, ele emperrou e explodiu, eu estava do outro lado já, e tinha ganhado esses poderes, mas havia uma Iron Vennon, eu lutei contra ela e um dos dentes dela me cortou, quase perdi o braço. Bem... aí não consegui mais achar vocês quando voltei para lá.

-Iron Vennon? -Eu olhei para 2 caras tirando Sophia de lá.

-É uma cobra gigante de metal. -Lembrei da casa de madeira destruída por uma dessas e do prédio.

-Como essa gente toda surgiu?

-Essas pessoas ficaram ilesas porque sabiam que ia acontecer, como o pessoal do exército, ninguém morreu, eles explicaram que estão acima da gente numa nave chamada NZK, é alienígena, eu ainda não vi uma, mas eles juram que existem... Não consigo mais duvidar de nada cara...

-Como eles se salvaram então do rapto?

-Eles todos estavam no subterrâneo como o exército, a gente também estava, lembra?

-Então se a gente estivesse....

-Sim maninho... Cara, você precisa de cuidados, você foi queimado.

-Fiquei sem poderes agora também, se não eu teria salvado ela... -Meu coração estava pesado demais.

-Use isso -ele me deu uma pulseira -Aquela coisa que matou Sophia bloqueia seus poderes, isso é tipo um antídoto.

-OK... -Coloquei no braço e me levantei. -Porque o domo?

-Ah...isso? O exército ativou isso, a gente tava afim de destruir, eles acham que isso vai impedir um alien... O vidro é resistente, mas parte dele quebrou, e ainda mais agora a pouco que uma rachadura gigante detonou boa parte dele aqui perto, eu queria saber oque quebrou esse vidro todo...

-Sophia... -Ele olhou para mim meio assustado.

-Ela é muito mais forte que eu pensava.

-Sim... Você tem um plano?

-Sim, vários, e são precisos, virei o herói agora dessa cidade, todos acreditam em algo agora e preciso provar, agora que você está aqui e quebrou o domo, vai ser mais fácil. Primeiramente precisamos achar um cristal, ele se chama puros, era aquele que a gente achou junto com a Sophia quando chegamos naquele galpão.

Eu lembrei do colar da Sophia e ela dizendo que a alma dela estava lá dentro.

-Está com aquele cara que matou a Sophia.

-OK, vou preparar as tropas para alerta máximo. Bom te encontrar maninho. -Ele deu dois tapas no meu ombro. -Depois é melhor você conhecer os outros.

Eu fiquei só dentro da quadra com sangue nas mãos.

-Eu prometo te vingar Sophia. -Falei em voz baixa.

© Akinaton Osti,
книга «Suando Frio: Inicio».
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