07 - Voo do medo
Estávamos famosos, pelo menos pelo Rio de Janeiro, Daniel recomendou a gente sair de lá pra outra cidade pra não chamar mais atenção, levar todos voando seria bem difícil já que eu não sabia bem. Uma coisa muito estranha daquela cidade era que não havia militares lá, achamos alguns caras sem camisa armados, ele ficavam em cima de favelas, e alguns espalhados pela cidade ajudando as famílias, mas ninguém do exército. Dani deu a ideia de ir de avião, mesmo sendo extremamente arriscado, mas quando fizeram a votação, a maioria venceu,eles estavam planejando algo sem eu e Sophia saber. Quando chegamos no aeroporto, tinha muita gente, acho que queriam voltar pra casa, mesmo com tudo desabilitado. Nos fomo em direção ao embarque para a gente ir para a pista de pouso. Era enorme o lugar, crianças brincavam por todo o lugar, algumas chorava, mas uma me chamou atenção, ali perto do embarque perto de uma pilastra, havia uma garotinha, ela parecia a Sophia, mas era obviamente menor, ela estava pegando um toca fitas antigo do chão, assim que ela passou por trás da pilastra ela sumiu... Dani me chamou pra ir mais rápido, na pista de pouco tinha apenas um aviao, Daniel o viu e logo abalizou com os olhos e viu uma parte quebrada no corpo do avião, ele passou a mão e a parte quebrada sumiu. Akinaton vinha atrás com uma escada de rodinhas e encaixou no avião, nós todos entramos e verificamos tudo, todos os bancos, o banheiro e a cabine do piloto. Logo depois da longa procurada por nada, Dani pede para a gente sentar nos bancos da primeira classe e vai para a cabine do piloto, eu fui junto para a cabine. Ele sentou no banco do piloto e liga vários botões e sinto o avião tremer um pouco a nossa volta, Dani olha para o lado e me vê atrás dele e olha pra mim.
-O que foi Max?
-Onde nós Vamos? -Ele volta aos botões dele logo após a pergunta e uma voz robótica feminina sai o painel.
-Piloto automático ativado. Destino para Portugal ativado. Dani levanta do banco.
-Precisa de mais algo?
-Ok... -Ele me encara.
-Max, vê se todo mundo entrou.
Fui para a porta do avião, Amanda e Yasmim estavam lá fora olhando pra frente do avião.
-Ei! -Gritei e elas olharam pra mim.
-A gente precisa ficar aqui, precisamos proteger a galera.
-Vocês tem certeza? -Elas apenas ergueram um pouco o ombro. -Tudo bem garotas... -Eu disse dando apenas um ok com a mão e fechei a porta.
-Iniciando decolagem. -Disse a voz robótica do avião.
Eu me sentei e o avião decolou, foi bem turbulenta mas logo parou. Sophia que estava no banco do meu lado me olhou triste.
-Elas vão ficar bem. -Eu disse a ela.
Tudo estava tranquilo na viagem, faltava muito para chegar ao destino ainda, em um momento, todos estavam dormindo, menos Dani, ele ficava olhando uma foto, eu lecantei do banco e fui ate do lado dele e sentei no banco.
-Oque houve? -Perguntei.
-Nada não -Ele guardou a foto no bolso.
-Certeza? -Ele parecia bem pra baixo. -Tudo bem... -Olhei para o Akinaton com a namorada logo nos bancos do meio. -Como encontrou todos eles?
-Eles....? Quem?
-Gaby, Sarah, Akinaton...
-Eu já conhecia eles pela internet.
-Legal, mas como se encontraram?
-Longa história... -Ele deu um suspiro.
-Pode me contar?
-Ok, se isso fazer você dormir logo... Conheci Gaby, Akinaton e Sarah na internet, morávamos longe demais um dos outros.
Eu vivia numa cidade chamado Antônio Martins, não é uma cidade muito grande como a sua nova York. Eu tinha amigos lá, muitos mesmo... Mas um dia eu estava fazendo meu trabalho de escola no meu quarto, e o chão começou a tremer e ouvi uma explosão, eu sai para fora de casa, e vimos uma nave gigantesca pegando fogo afundada no chão, ela era do tamanho de um prédio de 20 andares, ela era toda preta com varias luzes, mas eu fui idiota e fui em direção a ela, me aproximei perto demais, um 20 metros, e algo me deu um choque forte. Depois de ter ficado 3 dias desacordado no hospital, continuei internado aquele dia, todos de lá estavam comentando sobre o acontecido, e que o exercito tinha censurado a imprensa, e isolado o local, só quem estava dentro da cidade podia ver, ninguém podia sair e ninguém podia entrar, ouvi isso tudo dos corredores. No segundo dia de internação, o exército entrou no hospital e começou a atirar em todos pela frente, eles chamavam todos do hospital de infectados, quando vi as pessoas sendo mortas pela porta, eu quebrei a janela com uma cadeira, ele ouviram e chutaram a porta do meu quarto,eu pulei a Janela e corri para as ruas. Estava chovendo, o céu tinha nuvens negras, e elas giravam em torno da nave gigantesca, os aviões e helicópteros passavam por toda a cidade, as ruas da cidade tinham muitos carros do exército. Eu andava pelas ruas, então achei um cara do exercito, e ele mirou contra mim, então coloquei a mão na minha frente para me defender e do nada saiu ar da minha mão, mas muito ar, e o cara voou para muito longe, eu não sabia como tinha feito aquilo, fiquei muito assustado e continuei correndo. Então peguei um carro, o carro ligou sozinho, eu não sabia como tinha conseguido me conectar ao carro, foi algo da minha mente que fez o carro ligar, entendeu? Então tentei passar pelas ruas, mas tinha muitos soldados, um deles atirou um Míssil de bazuca no meu carro e ele explodiu, fui jogado para muito longe, mas não me machuquei... Eu tinha acordado no meio da rua, nenhum dos soldados estavam lá, estavam todos fugindo, uma sirene alta tocou longe com uma voz que a nave iria explodir, então corri em direção a saída da cidade, tentei fazer aquilo com o vento de novo contra o chão para ver se eu voava e deu certo. Eu não sabia como essas ideas vinham a minha cabeça, então eu voei para frente muito rápido, quando notei eu estava a 500 Kms por hora, e a nave explodiu, engoliu varias cidades e quase me alcançou, eu fui pra frente sem parar, mesmo me distanciando. Eu morava no nordeste, e eu estava perto do rio de janeiro por voar em linha reta, e eu já estava cansado, e tentei voar para a cidade de Gaby, ela morava em volta redonda, no estado do rio de janeiro, quando cheguei, eu estava voando muito alto e cansado e desmaiei e caí. Gaby tinha me encontrado, ela sempre andava com aquela capa vermelha, e ela tava com capuz me dizendo que eu ia ficar bem...
-Como fugiram de lá? -perguntei.
-Ela queria fugir porque o alien tinham levado o namorado dela, e ela sabia que ia ser capturada depois, então a gente começou a correr pela cidade, todos estavam lá sem carro, muitos dos carros estavam pegando fogo, as pessoas estavam na rua tentando entender oque estava acontecendo, a gente foi até um aeroporto de aviões leves, quando cheguei lá, a energia voltou, mas só lá. Minha mão estava ficando vermelha, eu de alguma forma sabia que tinha mantido tudo aquilo ligado, e os sistemas estavam online. Gaby pegou de dentro da capa dela muito dinheiro e comprou 2 passagens, e fomos em direção a Nova York, quando a gente subiu, pela janela, apareceu uma nave como aquelas em minha cidade, mas ela estava voando, então uma luz branca muito forte apareceu e Gaby fechou a cortina da minha janela e disse pra mim não olhar pra fora, ela tirou o capuz e começou a falar do namorado dela, que foi abduzido e que ela sabia onde ele estava. Quando chegamos a nova York, todos dentro do avião sumiram e o avião começou a descer muito rápido. Gaby e eu corremos em direção a cabine de vôo e tentamos fazer ele ir pra cima, mas era tarde. As asas bateram nos prédios e caímos com a barriga do avião se arrastando na rua....estou contando rápido demais?
-Eu estou entendendo Dani...continue.
-Ok, então começamos a andar pela cidade, os carros estavam parados na rua, cheio de congestionamento, todos estavam dentro deles, do nada uma nave passa acima da gente e Gaby explodiu um pedaço dela com gelo, então a energia acabou do nada e a nave atravessou o rio e bateu nos prédios, as pessoas não conseguiam ligar seus carros, todo mundo tava muito desesperado, eu percebi que fui eu que tinha desligado a energia, Gaby me puxou pelo braço até um prédio, era casa o apartamento de alguém. Gaby tocou a companhia e uma mulher respondeu dizendo para subir. Então a gente pegou as escadas, uma mulher chamada Meggy Mclane, ela era uma professora, o apartamento dela era enorme, era moderno com toque de madeira, sofás preto... la era casa de gente rica. No meio da sala, tinha uma cabine de metal muito grande, ela conversou com Gaby sobre o fim está próximo, a mulher me puxou e conversou comigo, começou a dizer que eu era inteligente, que poderia ajudar numa maquina de teletransporte, então olhei para a cabine de metal no meio da sala, então tudo veio a minha cabeça, andei em direção a maquina e comecei a concertar ela...
Depois de uns 2 dias eu terminei, testamos ela varias vezes, estava funcionando bem, depois de um tempo, a gente tinha terminado, então sentei no sofá da casa da Meggy, e deitei, eu olhei para janela a minha frente, estava com um vento muito forte, de repente, a gente viu uma luz entrando pela janela muito forte que quase nos cegou, eu vi as pessoas desaparecendo do nada, Meggy também tinha sumido. Ficamos desolados parados no sofá, gaby dizia que sabia que isso iria acontecer, a gente viu algo caindo, e apareceu umas asas enormes nas costas dela como na sua, foi até a janela e voou até o local da queda, eu não consegui seguir ela, enquanto ela estava lá, eu ouvi algo batendo na porta muito forte, do nada o exercito entrou, eu nem tentei me defender, eles levaram o teleportador e eu junto, fui colocado num carro preto e a maquina no caminhão, eles corriam demais com o carro, do nada algo acerta o carro e ele capota com eu lá dentro, depois que eu acordei, eu era o único vivo. Vi Gaby apenas com uma asa apenas despedaçando parte do carro que eu estava, sua outra asas estava cortada no meio, ela me pegou no colo e desmaiei. Quando acordei, foi uma semana depois do ocorrido, eu já estava na divisão, ela estava sendo criada ainda, Gaby estava sentada numa cadeira no canto do quarto que estava, ela acordou e sentou na minha cama e começou me contar onde eu tava., eu estava de volta a Nova York.... Max, é melhor você dormir.
-Tudo bem... -Voltei a sentar no meu banco e pensei na história do Dani, e isso me deu a ideia de que nada ali era verdade, eu senti a voz dele trepidando como se estivesse inventando.
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