03 - Puros
Sophia e eu adentramos a floresta obscura, já estava anoitecendo e as Asas de Sophia iluminavam o caminho, andávamos devagar por que nós nem sabíamos o que tinha por lá, e talvez não tivesse nada mesmo, mas era sinistra. A floresta era muito densa com arvores altas e baixas, não passava vento por lá e o ambiente era úmido, não havia nenhum tipo de barulho, nem de animais e insetos.
Eu reviro meus bolsos no caminho e sinto um papel, era o jornal que tinha naquela cidade que fugimos, "Temporada de caça na floresta da morte acabou" estava escrito na capa rasgada dele. Não estávamos tão perto da cidadezinha ainda por sinal, mas sabíamos que esse era o nome do lugar, mesmo com eu estranhando de uma floresta tão úmida e densa dividindo o espaço com um deserto.
Sophia ia ao meu lado em uma trilha na floresta, os filamentos de suas asas brilhavam muito, mas notei que estavam se apagando aos poucos, ela parecia cansada e eu andava e olhava sem saber como ajudar.
-Sophia, você está bem? -Ela começou a andar mais rápido em minha frente sem olhar pra trás.
-Sim, claro, não se preocupe. -Ela disse com voz fraca, mais baixa que o habitual.
Continuamos andando e nisso imaginei que ela poderia estar com fome, pois no galpão mais cedo, ela não havia comido absolutamente nada.
-Sophia.
-Sim.
-Está com fome? -Ela continuou andando e disse.
-Um pouco, nada pra se preocupar.
-Certe....
-Sim! -Ela disse isso batendo um pé no chão com sua voz falha.
-É...... Ta. -Desisti de perguntar com medo de ela tentar me matar de novo.
Chegamos em um ponto que podia se ver apena um campo com um lago seco cercado pelas arvores enormes da floresta, o campo estava cinza como se tivesse pegado fogo, e tinha uma casa intacta de tijolos no alto de uma pequena serra no centro. Sophia viu e voou até lá sozinha sem avisar. Eu continuei caminhando até lá a pé pensando na impaciência dela, vi ela explodindo a porta e entrando depressa. Tive que andar 10 minutos até chegar perto da casa, então a porta se fechou na minha cara quando eu ia entrar.
De repente, árvores gigantes cresceram do nada em volta da casa, eu gritei o nome da Sophia e ela não respondia, e do nada no campo cinzento começou a se formar uma floresta densa com folhas vermelhas e rosas, o lago ali perto começou a transbordar água.
Eu entrei em desespero total, usei a água pra explodir as arvores em volta da casa, mas elas cresciam cada vez mais rápido.
Eu tentei de tudo, tentei até levantar a árvore, mas sou fraco e nada resolveu.
Depois de 45 minutos em desespero e sem entender o que está acontecendo e por que Sophia não fazia nada, resolvi esperar, sentei na na raiz de umas das árvores e esperei algum milagre acontecer... depois de um tempo acabei dormindo por lá, usar os poderes drenaram minha força.
Passado 8 horas, eu acordei suado, olhei para cima e vi fogo, levantei e olhei ao meu redor, tudo estava derrubado e em chamas, e a arvore que tampava a porta estava quase toda em cinzas, eu puxei os pedaços que ainda estavam lá e entrei dentro da casa, e quando entrei ela estava...bem?
Sophia estava sentada em cima de uma mesa, aliás, era a única coisa dentro daquela casinha.
-Sophia, você está bem? Quem foi que fez isso lá fora?!
-Calma. -Ela olhou pra mim sorrindo - Eu precisava ficar sozinha um pouquinho, estou bem - as asas dela não estava mais tão transparente, estava branca, o cristal dela estava em um cordão como um colar, parecia que havia uma fumaça branca girando lá dentro.
-Seu cristal...
-É... Ele se chama puros, me mantem sobre controle. -A voz dela estava notavelmente boa, mas ainda estava com medo, eu podia ouvir pedaços das arvores caindo lá fora e fazendo um estrondo.
-Controle, como assim?
-Foi o que consegui lembrar... Precisamos continuar...
-Você ta mesmo bem? -Ela saiu da casa sem responder.
Saímos e demos de cara com o horizonte, havia uma cidade grande longe dali. Tivemos a ideia de ir lá.
No caminho, lembrei muito do Vini, meu único amigo de verdade, ele me contava segredos, mesmo que doidos demais, e era companheiro, e saudade também da minha mãe, não esqueci dela até agora. Agora to andando numa floresta sinistra com uma Barbie neurótica... Esse silêncio toda hora ficava me matando.
-Sophia! -ela parou e olhou pra mim -Fala logo oque ta rolando!?
-Max, fica calmo, não foi nada.
-NÃO VOU FICAR!!! -Gritei perdendo o controle.
-Ei - ela riu - Você está parecendo uma criança.
-Eu não sou uma criança!
-Eu disse que parecia, não que é...- Ela voltou a andar -É melhor você vir.
Foi um momento tão "turn down to watch" que foi melhor eu ficar quieto aquele instante. Então ela parou do nada.
-Desculpa, eu quero descobrir mais que você o que está acontecendo, já perdi um amigo, não quero perder o último.
Eu fiquei num silêncio, nós dois parados na floresta quieta, apenas com o som do vento que começava a entrar levando as cinzas da floresta, então ela continuou a falar.
-Essa pedra branca... é onde fica um pedaço da minha alma, essa é a única coisa que sei, e... não sei oque aconteceu dentro da casa, eu entrei lá e... sei lá, eu não sei explicar. -Ela abaixou a cabeça, mas logo se virou para o nosso caminho e voltou a andar.
Estávamos na floresta ainda e já estava amanhecendo, não estávamos muito longe a cidade, e eu tive a sensação que a gente estava sendo seguidos, toda hora olhava pra trás para ver se tinha alguém e um vulto desaparecia.
-Sophia.
-Eu.
-Acho que tem alguém nos seguindo...
-Eu sei.
Do nada ela invocou só uma flecha e jogou pra esquerda e acertou uma árvore, ela inteira explodiu e derrubou alguém. Sophia continuou andando, e eu corri em direção de quem tava seguindo a gente, ele tava meio dolorido, ele se levantou, tentei derrubar ele de volta mais ele correu extremamente rápido. Repentinamente, uma espada de metal veio na minha direção, eu consegui parar ele no ar com a mente. Então comecei a invocar e atirar água das minhas mãos, e tudo que eu atingia era dilacerado, era como se um "mini-turbilhão" de água formando laminas estivesse saindo das minhas mãos, então atirei muito, explodi quase todas as arvores ao meu redor, até pedras, mas ele não. Aquilo estava correndo ao meu redor a uns 100 quilômetros por hora, Sophia ficou apenas observando, ela parecia focada. O chão estava todo molhado por minha causa, então consegui controlar toda a água para formar estalagmites, ele passou por cima e rasgou o pé dele e caiu, então prendi ele no chão com força com telecinése, ele estava de capuz, quando tirei a mascara... Havia um monstro com só um olho e uma boca medonha cheia de dentes de metal, então fiz minha espada de gelo e enfiei com seu peito, depois ele ficou inanimado la no chão, foi a segunda coisa que matei.
Sophia começou a falar assustada:
-Max! Maax! Tem mais ali! - ela invocou o arco e começou a atirar flechas diferentes, quando acertavam algum lugar, saiu muito fogo de lá, logo a floresta se incendiou, então começamos a correr no meio da mata, ela sumiu com o arco e formou bolas de fogo pelas mãos sugando todo o fogo ao redor, ela começou a atirar e explodir tudo a nossa esquerda e eu explodindo com água a direita, a floresta tinha acabado e tinha um arame farpado separando a floresta de um morro grande de mato, pulamos e começamos a rolar barranco abaixo, chegamos la em baixo e estávamos a 500 Metros da cidade, eu olhei para o lado, e vi uma espada deles passando raspando no braço da Sophia, isso rasgou a pele dela e ela caiu no chão de dor. Fiquei com muita raiva, então veio água do nada e começou a derrubar tudo ao nosso redor com uma grande onda, peguei ela no colo e comecei a correr, a onda se desfez rapidamente pois eu não conseguia me concentrar mais, estávamos já em uma rua cheio de prédios residenciais, fui em direção para o mais próximo, e eu vi uma espada pronta pra acertar minha cabeça, estava rápido demais pra parar ela então fechei os olhos, quando abri, eu estava em cima de um prédio com a Sophia no colo.
-Sophia!? Como fez isso?
-Você é um cara de muitas perguntas, mas eu não sei, não fui eu. AHHHHH! -Ela gritou de dor e muito sangue escorria de seu braço.
Entramos no prédio pela porta do terraço, desci as escadas de metal com ela no colo e entrei no corredor, eu me concentrei pra explodir a porta com a mente, mas Sophia disse pra abrir pela maçaneta... (Eu estava nervoso, queria o que?) Entramos no quarto e deixei Sophia na cama, e ela era o ser mais estranho do mundo, eu no estado dela, estaria gritando, mas ela só estava fazendo uma pequena cara de dor com aquele rasgo na pele, dava pra ver um pouco do músculo. O quarto era luxuoso, a cama era muito grande com lençóis brancos manchados agora de vermelho graças ao sangue de Sophia, as janelas era grandes e dava para ver todo o horizonte e a floresta ao fundo, notei que o lugar onde estávamos era bem longe do qual estávamos prestes a morrer. Tinha detalhes de ouro por todo lugar e era enorme, as cortinas vermelhas rasgadas dava impressão que estávamos em um lugar abandonado antes mesmo de todo mundo sumir da face da terra. Fui ao banheiro que tinha... uma pia que parecia uma bacia, tinha caixas jogadas por todo o canto, até que achei umas gases e alguns remédios, corri até Sophia para levar tudo o que eu tinha encontrado.
Ela estava mal mas tentava não gritar, então peguei o braço dela e passei remédio, pomada, logo depois tentei costurar com muita dor o braço dela, a cada vez que aquela agulha entrava na pele dela, ela tampava a boca e chorava. Eu aprendi a cuidar de pessoas assim em filmes, jogos e documentários. Logo depois de terminar de costurar a pele dela, coloquei mais uma pomada para cicatrizar e enrolei a gaze até tampar o ferimento.
-Max... -Ela olhou pra mim enquanto terminava de ajeitar ela na cama para o braço fica parado.
-Oi. -Eu estava em panico demais pra ser educado.
-O que acha que nos trouxe pra cá?
-Não sei... Se move um pouco pra lá. -Ela se moveu mais para o canto para mim tirar o lençol. -Seja o que for, salvou nossas vidas. Agora descansa, ok? Eu vou dar uma olhadas nos quartos ao lado pra ver se ter comida.
Fui até a porta e abri, quando olhei para cama, vi Sophia admirando o curativo que eu havia feito como uma criança, um sorriso no meio daquele caos era o que eu precisava.
Fui para o corredor procurar algo pra melhorar a situação dela e pra matar nossa fome, todos os quartos estavam trancados, então usei a força bruta pra explodir todas, e pra minha surpresa, não havia absolutamente nada, mesmo o corredor sendo grande com 7 quartos, e eu não queria descer o prédio pra ver se tinha mais algo lá. Então eu voltei para o corredor para ir ao quarto onde eu a deixei, do nada aparece na minha frente a garota com cabelos brancos da loja de livros que tinha encontrado minutos antes de tudo ir pros ares, ela simplesmente apareceu lá...
-Oque está fazendo aq..?
-Você tem que matar ela, seu idiota! -Ela parecia com muita raiva.
-Porque? - Tentei invocar minha espada, mas havia pouca água em volta.
-Ok, não vai me obedecer né? Então OK garoto, vai lá e tenta bancar o herói!
Então ela sumiu e não entendi nada, porque ela queria Sophia morta? Ela talvez tinha teleportado nós para esse prédio, mas eu ficava na incerteza, pois ela ainda quer a Sophia a 7 palmos.
Voltei ao quarto da Sophia, ela estava dormindo e eu morrendo de fome, então olhei pra fora pela janela gigante, e vi uma placa que fiquei impressionado, e assim notei que estávamos em uma das cidades que eu mais gostava. Las Vegas!!!
Só não pude entender porque tinha uma floresta no meio do deserto e como chegamos ali tão rápido... Acho que Sophia tinha viajado muito mais rápido que eu imaginava naquela hora...
Las Vegas é mágica... Realmente...Mesmo que não houvesse ninguém, a cidade era bem viva mesmo naquela manhã, as cores e os prédios, mas deve ser melhor com pessoas ali e sem monstros de alta velocidade.
A menos de duas semanas atrás, eu levava uma vida simples, algo chamado vida normal e hoje estou aqui, com esses poderes, com uma garota de asas, um amigo morto e todo mundo desaparecido...
Ficamos no prédio por um tempo, Sophia estava se recuperando do ferimento, mas estávamos com fome, e se eu descesse, com certeza eu ia ser atacado por aqueles caras, eu fui ao banheiro e abri as torneiras da pia e invoquei uma espada de gelo, não sei quanto tempo ia durar e nem se ia me defender por muito tempo, mas eu estava no mínimo preparado.
Vasculhei novamente aquele andar, e não havia muito, precisávamos de mais. Não tinha jeito, eu teria que ir no mercado ali perto para ver se havia algo. Parece que faz anos que todos sumiram, pela comida está escassa naquele prédio, ou estava falido mesmo.
Voltei para o quarto novamente, Sophia estava sentada na cama olhando pela janela.
-Sophia, preciso ir buscar comida.
-Não! -Ela virou a cabeça rápido e me olhou com cara de brava. - Você está louco de ir la em baixo?
-Você quer morrer? -Então ela ficou quieta e respirou fundo.
-Você consegue se cuidar?
-Sim, mas vou rápido, está quase anoitecendo..
-Ok.
Desci pelas escadas e cheguei a recepção, tudo era luxuoso e grande. Olhei pelos vidros da porta e não havia ninguém lá fora, todas as luzes da cidade se acenderam, porque de costume, é tudo automático. Saí devagar pela porta da frente e comecei a caminhar pela rua com a espada de gelo. Cheguei no mercado, e suas portas estavam trancadas, então peguei o anão de jardim que estava na frente dele e joguei na janela (Usei a força física), e entrei no mercado, nem tive tempo de ler a faxada do mercado, e ele estava cheio, então peguei o máximo de coisas possíveis, coloquei em varias sacolas e fui para o prédio correndo. No caminho, notei que estava fazendo muito frio, e entrei no prédio, subi as escadas correndo, algumas latas caiam no caminho, quando cheguei no quarto, joguei tudo em cima da cama.
-Pronto!
-Não havia ninguém la em baixo?
-Não vi ninguém. -Eu estava bem feliz, mas olhei de relance para janela e vi algo branco caindo, e eu não pude crer que era neve.
-Espera...está nevando? -Disse Sophia olhando também para a janela.
-Não faz sentido... no deserto de Vegas?
-Está 1 Grau. -Ela agora era um termômetro ambulante agora.
Então começamos a comer e fomos dormir, ela na cama e eu no sofá.
No dia seguinte, acordamos com um rugido alto, e lembrei daquela cobra gigante. assim que lembrei acordei Sophia.
-SOPHIA! ACORDA! -Ela acordou rápido e se sentou na cama.
-Oque houve? -Vi na janela atrás dela uma viga de metal cair.
Eu abro a porta e quase caio, metade do prédio estava caindo e uma outra cobra gigante estava agarrando a outra metade que estávamos, o barulho de suas escamas de metal destruindo a base do prédio era ensurdecedor. Começou tudo a cair. Eu que estava na porta não consegui me segurar e caí de lá, Só deu pra ver Sophia se levantando da cama, eu estava caindo rápido demais de um do maior prédio da cidade, e enquanto eu despencava, o prédio estava caindo também, assim, assim que eu caísse, o prédio ia me esmagar. Mas antes de eu chegar no chão, Sophia me agarra no ar com o braço machucado mesmo e tenta estabilizar até o cão, até que ela não consegue mais e a gente vai na neve, e uma nuvem de poeira cobre todo o lugar por causa do prédio que acabará de cair.
As ruas estavam cheia de neve e não dava para ver absolutamente nada a nossa frente por causa da poeira misturado com a nevasca. Dava pra ver o metal do enorme monstro que derrubou o prédio, peguei toda a agua ao meu redor derretida da neve e tentei acertar ele, mas não fazia absolutamente nada. precisávamos detê-lo antes que ele fizesse picadinho da gente. Quando joguei agua nele, algo diferente aconteceu, eu consegui fazer pedras de gelo no ar, então tentei pensar rápido por que eu não podia ficar parado admirando o novo poder, a água subia até a uns centímetros em cima da minha mão e eu imagina estavas grandes de gelo, e ele se materializava com a água ainda flutuando sobre minhas mãos pálidas. Sophia estava tentando se levantar do banco de neve que tínhamos caído sem mexer muito o braço. Comecei a notar minha mão como uma arma de criança na cobra e a estaca de 2 metros foi jogado com força nele, mas não houve sucesso por que água não fura metal. Eu precisava de mais água, a neve em minha volta é a nevasca começou a girar diante de minha mão direita, é como se eu fosse o mestre das águas, a o monstro veio em nossa direção e pulou de boca aberta para nós abocanhar, até que uma bola de fogo me acertou pela esquerda e me jogou a 3 metros dalí, nesse momento a cobra acertou onde eu ainda estava, tentei me levantar e a cobra se enterrou no chão.
-Max, faz ela engolir água. -Sophia me disse olhando pra baixo procurando onde aquele bicho estava.
Ele pulou no nada para fora do chão uns metros a minha frente, ele parecia atordoado, então pensei em botar em prática o que Sophia disse. Toda água perto começou a girar em volta da minha mão, só que dessa vez não ia dar errado, a cobra de metal pulou na minha direção, e quando ia me abocanhar, toda a água entrou pela boca dele, ele ficou atordoado no ar, eu corri para desviar, se não, ele cairia em cima de mim. A cobra estava imobilizada com toda a água girando dentro do seu corpo, eu podia sentir, então fiz a água se expandir a tal ponto, que ela ia explodir, Sophia se escondeu do outro lado da rua dentro de um condomínio e eu atrás de uma casa, até que a cobra explodiu, jogando suas escamas gigantes de metal para todos os lados, o que acabou destruindo tudo ao redor, já que cada peça de metal pesava muito.
Deoiis do acontecido, atravessei a rua olhando psra os lados preocupado com mais algo, Sophia saiu do prédio quase todo destruído pelas escamas.
-Você tá legal? -Perguntou ela olhando meu corpo em busca de arranhões.
-Poderia está melhor... E você?
-Tô ok, você mandou bem.
-Beleza... -Coloquei a mão no ombro dela. -Essas coisas estão seguindo a gente.
-Com certeza... Olha. -Ela tirou a mão do meu ombro. -Precisamos ir andando, não queremos mais coisas nos vendo quando essa poeira acabar.
-Tudo bem. -Comecei a andar na frente dela para o sul.
-Onde vai? -Ela perguntou ainda parada no mesmo lugar.
-Vi pela janela que tinha aéreo aeroporto pra lá. -Quando terminei de falar, eu parei de andar e olhei pra ela. -O que está esperando?
-Por que acha que ir lá vai nos ajudar? -Eu fiquei olhando pra ela e me virei e continuei andando.
-Vem logo. -Ela me seguiu segurando os ferimentos no braço.
Ficamos andando pela cidade, e víamos o deserto todo branco de neve ao redor da cidade, oque é impossível para Las Vegas. Os prédios coloridos e todas as palmeiras não me deixavam duvida que o lugar era lindo, mesmo a noite com a nevasca.
Tive a ideia de voltar a Nova York e ler aqueles livro do porão do Vini, tentar encontrar alguma pista de qualquer coisa que ele tenha deixado para trás.
Chegamos até o aeroporto da cidade, estava tudo fechado por grades, então eu e Sophia como verdadeiros vândalos, pulamos e andamos para um galpão, vimos militares, muitos militares, pra caramba, todos estavam armados até os dentes, nós tentamos passar escondido, quando paramos em um ponto do aeroporto, ouvimos dois soldados conversando enquanto eu e Sophia estávamos atrás de uma caixa.
-Em N.Y cara, foi encontrado um garoto lá, ele estava na base, ele tinha usado o teleportador de testes.
-Como cara?
-Sei não, tem tipo uma gangue lá querendo dominar a cidade. Esse garoto é incomum por que ele matou todo mundo e deixou um vivo, e disse pra ele que ta na base dele, ele deve ter roubado a experiência na base do P.N. porque teve um alarme vermelho, vai ver ela sumiu de lá.
-Mas esse cara é adulto?
-Sei lá, ele parece o mais criança de lá, ta a semanas dominando a porra toda.
-É muita loucura essa guerra cara, agora uma cidadezinhas foram tomadas por aliens e derrubaram nossos aviões...
Base em N.Y? Vini... Sophia me puxou rápido pro lado da pista do aeroporto, então vimos um avião a jato, eu gesticulei a ela que tínhamos que pegar, ela achou estranho mas a gente correu até lá escondido, eu ia tentar pilotar a aeronave por ter aprendido nos simuladores, mas eu tava nervoso com esse plano que não poderia dar certo. Sophia abriu o Cockpit e entrou na frente, onde o piloto deveria ficar.
-O que está fazendo? -Sussurrei.
-Entra logo antes que nos vejam! -Entrei rápido no de trás. -Coloca esse respirador pra não ficar louco lá em cima. -Ela fechou o Cockpit.
Ela sabia de algum jeito como pilotar aquilo, ela tocava nos botões como se tudo aquilo fosse familiar. O avião ligou, e mesmo sem capacete, ela ligou os propulsores para frente, começamos a ir rapido demais, e os soldados que não entendiam nada, só miravam, até que decolamos da pista.
-Ei Max! Se divertindo?
-SIIIM! -Tive de gritar pelo motor estava fazendo barulho alto.
Uma tempestade estava logo a frente e alguns aviões estavam abaixo de nós, eu sentia a água batendo neles, até que a chuva virou pedras gigantes de gelo e fez eles irem para trás e nós para cima.
-Boa, mas quase matou a gente!
-Foi sem quereeeer!
-Onde vamos?
O Sistema de navegação estava na minha frente então eu disse:
-Vamos para Nova York!
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