DIÁRIO DO DR. SEWARD
20 de agosto — O caso Renfield se torna cada vez mais empolgante. Durante uma semana, mostrou-se furioso, depois uma noite, quando a lua acabava de surgir, acalmou-se de repente e murmurou para si mesmo: — Agora, posso esperar.
O guarda me comunicou e fui logo vê-lo. Ele ainda estava metido na camisa de força e no quarto acolchoado. Dei ordem para pô-lo mais à vontade. Os guardas hesitaram.
— Imagine! Acham que posso fazer mal ao senhor!
Estaria mesmo me encarando com amizade, u apenas queria me lisonjear para obter algum vor? Procurei fazê-lo falar, mas foi em vão, esmo lhe oferecendo um gato.
— Posso esperar, posso esperar — repetia.
Os guardas me contaram que ele ficou tranqüilo até certa hora, depois foi de novo presa de ma crise de fúria, à qual se seguiu uma espécie e coma.
... Há três dias que se dá a mesma coisa: violência durante todo o dia, depois calma desde o nascer da lua até o nascer do sol. Parece que há uma influência que vai e vem. Esta noite, vou fazer uma experiência. Outro dia, ele fugiu sem nossa ajuda; esta noite fugirá com ela. Vou dar-lhe uma oportunidade e meus homens prontamente o seguirão, em caso de necessidade...
23 de agosto — Renfield preferiu não fugir pela janela deixada propositadamente aberta, mas, quando o guarda foi vê-lo à noite, atirou-o por terra e correu para o corredor. Avisado imediatamente, dei ordem aos guardas para segui-lo. De novo ele entrou no terreno da casa abandonada e fomos encontrá-lo apertado contra a porta da capela. Ao me avistar, tornou-se tão furioso que, se os guardas não o segurassem a tempo, teria tentado matar-me. De repente, redobrou seus esforços, depois aquietou-se de súbito. Olhei em torno, mas nada vi. Depois, acompanhei os olhos do enfermo, que estavam voltados para o céu enluarado, mas a única coisa que vi foi um grande morcego, que voava rumo ao poente.
— Não precisam segurar-me assim — disse ele, tornando-se cada vez mais calmo. — Irei por bem.
E, sem dificuldade, voltamos. Sinto que há algo de ameaçador nesta calma e não me esquecerei desta noite...
O guarda me comunicou e fui logo vê-lo. Ele ainda estava metido na camisa de força e no quarto acolchoado. Dei ordem para pô-lo mais à vontade. Os guardas hesitaram.
— Imagine! Acham que posso fazer mal ao senhor!
Estaria mesmo me encarando com amizade, u apenas queria me lisonjear para obter algum vor? Procurei fazê-lo falar, mas foi em vão, esmo lhe oferecendo um gato.
— Posso esperar, posso esperar — repetia.
Os guardas me contaram que ele ficou tranqüilo até certa hora, depois foi de novo presa de ma crise de fúria, à qual se seguiu uma espécie e coma.
... Há três dias que se dá a mesma coisa: violência durante todo o dia, depois calma desde o nascer da lua até o nascer do sol. Parece que há uma influência que vai e vem. Esta noite, vou fazer uma experiência. Outro dia, ele fugiu sem nossa ajuda; esta noite fugirá com ela. Vou dar-lhe uma oportunidade e meus homens prontamente o seguirão, em caso de necessidade...
23 de agosto — Renfield preferiu não fugir pela janela deixada propositadamente aberta, mas, quando o guarda foi vê-lo à noite, atirou-o por terra e correu para o corredor. Avisado imediatamente, dei ordem aos guardas para segui-lo. De novo ele entrou no terreno da casa abandonada e fomos encontrá-lo apertado contra a porta da capela. Ao me avistar, tornou-se tão furioso que, se os guardas não o segurassem a tempo, teria tentado matar-me. De repente, redobrou seus esforços, depois aquietou-se de súbito. Olhei em torno, mas nada vi. Depois, acompanhei os olhos do enfermo, que estavam voltados para o céu enluarado, mas a única coisa que vi foi um grande morcego, que voava rumo ao poente.
— Não precisam segurar-me assim — disse ele, tornando-se cada vez mais calmo. — Irei por bem.
E, sem dificuldade, voltamos. Sinto que há algo de ameaçador nesta calma e não me esquecerei desta noite...
Коментарі