DIÁRIO DO DR. SEWARD
5 de junho — Quanto mais interessante se torna o caso de Renfield, menos compreendo. Ele possui certas qualidades muito desenvolvidas: personalidade, capacidade de guardar segredo e curiosidade. Queria saber qual é o objetivo dessa última qualidade. Parece ter arquitetado algum plano. Sua maior qualidade é o amor pelos animais, embora, às vezes sua atitude me leve a crer que é apenas anormalmente cruel. Seu passatempo agora é pegar moscas. Tem uma enorme quantidade delas.
18 de junho — Agora, passou a se interessar pelas aranhas e tem vários exemplares, muito grandes, numa caixa. Alimenta-as com suas moscas, cujo número diminui, embora ele se utilize de metade de seu alimento para apanhá-las.
1.° de julho — Suas aranhas estão aumentando demais e dei-lhe ordem de acabar com elas, como já lhe dera de acabar com as moscas. 8 de julho — Sua loucura tem um certo método, não resta dúvida. Agora resolveu se distrair com os pardais e já amansou um quase inteiramente. Seu método de amansá-lo é simples, pois as aranhas já diminuíram. As que restam, contudo, estão bem alimentadas, pois ele continua a pegar moscas com a comida.
19 de julho — Estamos progredindo. Meu amigo tem agora toda uma colônia de pardais e as moscas e aranhas estão quase esquecidas. Quando entrei, correu para mim, fazendo-me festas como um cão e implorou-me que lhe desse um gato, ao menos um gatinho... Recusei-lhe, porém.
20 de julho — Estive com Renfield hoje cedo. Procurei os pássaros e, não os encontrando, perguntei-lhe onde estavam. Sem se voltar, pois estava de novo caçando moscas, ele me respondeu que tinham fugido. Mas havia penas pelo quarto e, no travesseiro, uma gota de sangue.
11 horas — O guarda acaba de me dizer que Renfield está passando mal, tendo vomitado muitas penas. “Acho, doutor, que ele comeu os pássaros crus, com pena e tudo” — disse-me o guarda.
11 da noite — Dei um forte soporífero a Renfield. Meu maníaco homicida é de uma espécie peculiar. Inventarei uma nova classificação para ele: maníaco zoófago (comedor de vida). O que ele deseja é absorver tantas vidas quanto seja possível. Deu muitas moscas a uma aranha, muitas aranhas a um pardal, e queria um gato para comer muitos pardais...
18 de junho — Agora, passou a se interessar pelas aranhas e tem vários exemplares, muito grandes, numa caixa. Alimenta-as com suas moscas, cujo número diminui, embora ele se utilize de metade de seu alimento para apanhá-las.
1.° de julho — Suas aranhas estão aumentando demais e dei-lhe ordem de acabar com elas, como já lhe dera de acabar com as moscas. 8 de julho — Sua loucura tem um certo método, não resta dúvida. Agora resolveu se distrair com os pardais e já amansou um quase inteiramente. Seu método de amansá-lo é simples, pois as aranhas já diminuíram. As que restam, contudo, estão bem alimentadas, pois ele continua a pegar moscas com a comida.
19 de julho — Estamos progredindo. Meu amigo tem agora toda uma colônia de pardais e as moscas e aranhas estão quase esquecidas. Quando entrei, correu para mim, fazendo-me festas como um cão e implorou-me que lhe desse um gato, ao menos um gatinho... Recusei-lhe, porém.
20 de julho — Estive com Renfield hoje cedo. Procurei os pássaros e, não os encontrando, perguntei-lhe onde estavam. Sem se voltar, pois estava de novo caçando moscas, ele me respondeu que tinham fugido. Mas havia penas pelo quarto e, no travesseiro, uma gota de sangue.
11 horas — O guarda acaba de me dizer que Renfield está passando mal, tendo vomitado muitas penas. “Acho, doutor, que ele comeu os pássaros crus, com pena e tudo” — disse-me o guarda.
11 da noite — Dei um forte soporífero a Renfield. Meu maníaco homicida é de uma espécie peculiar. Inventarei uma nova classificação para ele: maníaco zoófago (comedor de vida). O que ele deseja é absorver tantas vidas quanto seja possível. Deu muitas moscas a uma aranha, muitas aranhas a um pardal, e queria um gato para comer muitos pardais...
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